Biodiesel produzido em Passo Fundo abastece ônibus em Curitiba

O novo coletivo é híbrido e é o mais silencioso, oferecendo o maior ganho ambiental do mercado

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No último final de semana, os passageiros de coletivos urbanos da capital paranaense puderam usufruir dos ônibus híbridos, que são conhecidos como “Hibribus”. Os veículos são movidos a biodiesel, fornecido pela Bsbios unidade de Passo Fundo, e à eletricidade. O modelo foi lançado durante à Rio+20 - a conferência da ONU sobre sustentabilidade –, que ocorreu no mês de junho, no Rio de Janeiro.

“Os novos coletivos trazem ganhos a população e ao meio ambiente, emitem 90% menos gases poluentes, possuem sistema que economiza até 35% do biocombustível e emitem menos ruídos,” salientou o diretor presidente da Bsbios Erasmo Carlos Battistella.

O empresário defende que o exemplo de Curitiba chegue a todas as cidades sedes da Copa do Mundo de Futebol. “Esse é um modelo que deveria ser adotado pelas capitais e demais municípios, pois traz benefícios sociais, econômicos e ambientais,” frisou Battistella.

O biodiesel, misturado à proporção de 5% por litro de diesel vendido no país, emite menos 57% gases poluentes que o combustível convencional e não possui enxofre. Os benefícios ao meio ambiente, à saúde humana e às políticas de saúde pública são comprovados por estudo da Fundação Getúlio Vargas. Com 10% de mistura, como esperado para 2020, a emissão de gás carbônico reduzirá em 8%. Com 20% misturados, ela cairia em 12%.

Ao todo a prefeitura de Curitiba comprou 60 unidades do Hibribus. Para esta primeira etapa, na linha Interbairros I serão dez ônibus híbridos, a partir de 20 de outubro, outros vinte passarão a circular e os trinta restantes passarão a fazer parte do transporte público de Curitiba a partir de 2013.

Além dos Hibribus, outros 32 ônibus já circulam por Curitiba desde 2009 movidos com 100% de biodiesel, que é fornecido com exclusividade pela Bsbios. A indústria de Passo Fundo fornece aproximadamente 160 mil litros de biodiesel por mês para o transporte de passageiros da capital do Paraná, para o projeto denominado de Linha Verde.

Tecnologia
O modelo, com capacidade para acomodar até 80 passageiros, é de fabricação da marca Volvo e vem sendo testado desde 2010. Ele funciona com os dois motores – elétrico e a biodiesel - de forma independente. O elétrico é usado para arrancar o veículo e acelerá-lo até uma velocidade de aproximadamente 20 km/h. A fonte, que fica na parte superior do ônibus, também é utilizada como geradora de energia durante as frenagens. Já o motor biodiesel entra em funcionamento em velocidades mais altas. Quando os freios são acionados, a energia de desaceleração é utilizada para carregar as baterias. E quando o ônibus está parado, no trânsito, nos pontos de ônibus ou nos semáforos, o motor biodiesel fica desligado.

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