Testemunhos emocionam na abertura da Semana da Lei Pietro

Beto afirma que a busca por mais doadores de medula óssea é uma bandeira que ele carregará para sempre em sua atividade política.

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Acompanhado do governador em exercício do RS, Beto Grill, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB) abriu na manhã desta sexta-feira (14), em Passo Fundo, a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea com uma palestra no auditório do Hospital São Vicente de Paulo. Dezenas de pessoas ouviram o testemunho do parlamentar que, em fevereiro de 2009, perdeu o filho Pietro vítima de leucemia, o que resultou na Lei 11.930/2009, batizada de Lei Pietro.

Com quatro anos de vigência da lei, que prevê que de 14 a 21 de dezembro sejam desenvolvidas atividades de esclarecimento e incentivo à doação de medula óssea, o número de doadores voluntários aumentou de 750 mil para 3 milhões em todo o país. Atualmente, o Brasil registra cerca de 10 mil novos casos de leucemia por ano, doença que, na maioria das vezes, somente pode ser vencida por meio de transplante.

Beto afirma que a busca por mais doadores de medula óssea é uma bandeira que ele carregará para sempre em sua atividade política. O Brasil se tornou o terceiro maior banco de dados do gênero do mundo, ficando atrás apenas dos registros de doadores dos Estados Unidos e Alemanha. “É importante que se tenha bem claro que a demora pode ser fatal para quem precisa. A doação é um sopro de vida”, destacou. No Rio Grande do Sul, quarto Estado brasileiro em número de doadores cadastrados, chega a cerca de 240 mil pessoas registradas no Redome – Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. “Nossa meta é chegar a 300 mil gaúchos cadastrados”, informou Beto.

O parlamentar afirmou que é necessário que as pessoas envolvidas com a causa da medula óssea trabalhem pelo cadastramento consciente, ou seja, que se busquem pessoas que realmente se comprometam com a solidariedade a quem precisa de doador. De acordo com Beto Albuquerque, hoje há 15% de cadastrados que quando são chamados a efetivar a doação de medula não comparecem. “Isso cria uma triste expectativa nas pessoas que aguardam por um transplante para continuar vivendo”, lamentou.

Testemunhos

Um dos momentos mais emocionantes da palestra de Beto foi quando o público ouviu o testemunho de três pessoas que enfrentaram de maneira distinta a doença. O menino Artur Henrique Bledoa, de 10 anos, foi submetido a transplante de medula óssea há exatos nove meses, a partir de doação de pessoa compatível mas não aparentada. Sentado na primeira fila do auditório, o menino assistiu o pai relatar a importância da doação que possibilitou sua a cura.

Ricardo Viapiana, de 26 anos, contou que no seu caso não foi necessário realizar transplante de medula, já que sua doença foi curada com sessões de rádio e quimioterapia. Ricardo encontrou na música o incentivo para a cura e nesta sexta-feira levou a banda Lee Jhones, da qual faz parte, para se apresentar na palestra de Beto Albuquerque. O terceiro testemunho foi de Gelson Ireno Arend. No dia 7 de janeiro, Foguinho, como ele é conhecido, que tem leucemia, será submetido a transplante de medula óssea a partir de doação de um parente. Ao final da palestra, Beto Albuquerque e Beto Grill tiraram fotos com os três.

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