Desde a tarde de quinta-feira (10), o calor diminuiu um pouco a sua intensidade. Isso ocorreu devido à entrada de um ar frio e seco na região, o que promoveu o resfriamento diurno e noturno. A tendência é que as temperaturas mínimas fiquem assim, mais baixas, nos próximos dias, segundo informações da Estação Meteorológica da Embrapa Trigo/Inmet.
Conforme o observador meteorológico da Embrapa, Ivegndonei Sampaio, este mês de janeiro está sendo um pouco atípico no que se refere às temperaturas mínimas, que estão sendo mais baixas. “As temperaturas, na média das 24 horas, estão 1,5ºC abaixo da média. A média para janeiro é 22,1ºC e estão em 20,6ºC. Ainda não tivemos temperaturas de 30ºC ou acima. A mais alta foi 29ºC no dia 4 de janeiro”, comenta.
Com relação às mínimas, na quinta-feira, a temperatura baixou até os 14ºC durante a madrugada. Na sexta-feira (11), foi mais baixa ainda, ficando em 12ºC. “Estas mínimas foram as menores de janeiro de 2013”, completa o observador.
Previsão
O final de semana será de sol, com pequena probabilidade de chuva fraca e em áreas isoladas no final da tarde de domingo. “O sábado (12) será de céu claro a parcialmente nublado, mas com poucas nuvens. Mínima de 12ºC e máxima 28ºC. Não teremos muito calor”, salienta.
Domingo (13) terá aumento na nebulosidade, com temperatura mínima de 16ºC e máxima de 28ºC, podendo ocorrer pancadas de chuva fraca em áreas isoladas no final da tarde.
Na segunda-feira (14), céu parcialmente nublado a nublado e também pode ocorrer pancadas de chuva em áreas isoladas no final da tarde ou início da noite. Na terça-feira (15), céu parcialmente nublado a nublado e podem ocorrer pancadas e chuva fraca no decorrer do dia.
Sem previsão de estiagem
Chuvas de quantidade significativa e bem distribuídas não devem ocorrer até pelo menos dia 20 de janeiro. Até o momento choveu 97,7 milímetros, 65% da média que é de 149,7 milímetros. Porém, não há previsão de estiagem, tal como aconteceu no verão do ao passado e as chuvas voltarão a quantidade significativa e bem distribuídas a partir do dia 25 de janeiro.
Conforme Sampaio, ano passado, o mês de janeiro era de estiagem, com 105 milímetros de chuva, que foram mal distribuídas. “Este ano comportamento está diferente. Em dezembro do ano passado foram 176 milímetros e em janeiro já foram 97 milímetros. Tudo aponta para uma boa safra de soja, semelhante ao que foi produzido em 2010/2011, se depender das chuvas”, projeta.
Na comparação com o volume de chuvas que resultaram na safra 2010/2011, Sampaio lembra que naquele dezembro foram registrados 194 milímetros. Em janeiro de 2011, foram 150 milímetros. No mês seguinte, fevereiro, foram 219 milímetros. Em março, mais 220 milímetros e abril foram 109 milímetros. “As chuvas foram o que contribuiu para a safra 2010/2011 ser tão boa”, destaca. Se continuar nessa perspectiva de chuvas, tendência é se repetir a produção. “Até agora as chuvas estão boas, o desenvolvimento das lavouras está excelente. A umidade do solo é suficiente para mais 15 dias e por isso as culturas não sofrerão. Confirmando o que o Inmet e o CPTec estão prevendo, a safra tem tudo para ser semelhante a de 2010/2011”.