Agilizar o atendimento e acabar com as filas para marcar exames é uma das metas de médio prazo na Secretaria Municipal de Saúde. Para isso, está sendo estudada a implantação de uma central de marcação de exames. “Estamos trabalhando na informatização. Com a central, em vez de o paciente precisar se deslocar até a Secretaria para autorizar, depois ir até o local onde faria o exame para marcar, fazer o exame e buscar o resultado para levar ao médico, tudo será feito na unidade de saúde. A ideia é que o paciente saia da unidade com a data do exame, marcado e autorizado”, explica o secretário municipal de Saúde, Luiz Artur Rosa Filho.
Para a implantação do sistema está sendo verificada a disponibilidade de recursos. “Neste momento estamos vendo se há orçamento para isso, se há rubrica onde podemos jogar esta despesa e então começar o processo licitatório para contratar uma empresa para fornecimento do serviço”, projeta o secretário. De acordo com ele, ainda no mês de janeiro será elaborado um plano, através de processo interno, para definir quais as necessidades do sistema. “Vamos definir alguns parâmetros do que gostaríamos de ter e então sim partir para o processo licitatório”, completa. Se o recurso estiver disponível, ainda este ano o sistema entra em licitação. Caso contrário, entrará no orçamento do próximo ano. “Este é o objetivo, é para isso que estamos trabalhando, para cumprir um compromisso do prefeito Luciano que falou do teleagendamento de consultas”, salienta o secretário.
Prontuário eletrônico
Junto à central de marcação de exames, a utilização do prontuário eletrônico deve ser ampliada. Atualmente duas unidades de saúde dispõem do sistema, que são as que ficam nos bairros Zachia e Victor Issler. “O prontuário eletrônico começou no dia 9 de dezembro de 2011. Temos hoje por volta de 7 mil pessoas com prontuário eletrônico”, destaca o secretário, que foi um dos primeiros médicos a utilizar o sistema, quando atuava na unidade de saúde do bairro Zachia.
Entretanto, atualmente este processo encontra-se parado. Isso, porque o Estado, que fornece o sistema, está reavaliando os serviços da empresa que atualmente está contratada para oferecer o software. “Como secretaria, estamos aguardando essas soluções para seguir expandindo. É importante salientar que a opção pela informatização dos prontuários não tem mais retorno, ou seja, podemos até trocar de empresa, mas se trocarmos seguiremos com a informatização. Essa é uma política que vamos manter e aprofundar”, ressalta.
Conforme Luiz Artur, uma criança que tenha nascido depois do dia 9 de dezembro de 2011 e que tenha sido atendida nas unidades de saúde dos bairros Zachia ou Victor Issler, não tem mais prontuário de papel, está tudo dentro do sistema. “Não tem como perder, não tem como incendiar, por exemplo, porque os dados ficam armazenados, não tem como ter perda de informação”, afirma.
Depois de resolvida a questão com o Estado, a unidade do bairro Donária e Santa Marta, deverá ser a próxima a operar com o sistema. “Na questão do prontuário, estamos meio escravos dessa decisão do Estado, mas estamos vendo outras alternativas para que não fiquemos dependentes da decisão. Se nos pedirem dois meses para definir, por exemplo, obviamente que vamos fornecer. Agora, se essa decisão demorar muito, vamos ter que acabar partindo para uma experiência local”, projeta.
Junto à implantação do prontuário, o uso de tablets também está em discussão. “Dessa forma, os agentes de saúde, em vez de preencherem papel, uma ficha de atendimento ambulatorial, imediatamente lançam a informação do atendimento no sistema. Isso representa um salto tecnológico”, avalia.