Grande parte das escolas retoma as atividades no dia 18 de fevereiro. Por isso, faltando pouco mais de um mês para o retorno, é grande a movimentação para a compra de material escolar. Para evitar gasto excessivo, os pais devem estar bastante atentos à lista. E, como sempre, a pesquisa de preços é o melhor negócio.
De acordo com Juliano Tognon, proprietário de uma papelaria no centro da cidade, a movimentação aumentou cerca de 20% a 30% em relação à mesma época do ano passado. “Aumentou muito a procura por parte dos consumidores. Esta sendo uma época muito boa de vendas”, comenta. Em contrapartida à grande movimentação, logo que termina o expediente de atendimento aos consumidores, o trabalho é redobrado para repor as mercadorias nas prateleiras.
Conforme Tognon, a média de gastos varia muito de escola para escola e também de acordo com o número de filhos de cada família. “Algumas escolas deram uma lista pequena e com R$ 40 a R$ 50, o consumidor consegue comprar tudo. Outras, pedem mais itens, e a compra final pode chegar a R$ 300, R$ 400 e até R$ 600. Depende muito também dos produtos escolhidos”, explica. Um dos produtos que mais varia de preços são as mochilas, que na loja de Tognon podem ser encontrados por valores de R$ 16,90 a R$ 299,00: “depende muito do poder aquisitivo da família”, avalia.
Com relação à preferência da criançada, os itens com as personagens Monster High estão disparados no topo de mais vendidos. “Tentamos fazer uma programação de compra para a volta às aulas, mas antes mesmo do Natal já estava difícil encontrar produtos dessas personagens, que são as preferidas das meninas”, completa. Até agora, cerca de 600 mochilas com as figuras já foram vendidas. “Nem na época do auge da Barbie se vendeu tanto de um só personagem”, conta. Entre os meninos, a preferência está nos produtos do Hot Wheels, Ben 10 e Homem Aranha.
O que não pode
De acordo com o que está previsto no Código e Defesa do Consumidor e na Lei de Diretrizes Básicas da Educação, as escolas não podem incluir na lista de material escolar produtos de escritório, higiene, limpeza e medicamentos, nem indicar local exclusivo para compra, ou determinar a marca dos itens pedidos.
Dicas para boas compras na hora de procurar o material escolar
Órgãos de proteção ao consumidor elaboraram algumas dicas para os pais, que servem em quase todas das situações. Confira.
Dica 1: antes de sair às compras, verifique quais os itens que restaram do período letivo anterior e avalie a possibilidade de reaproveitá-los. Em seguida, faça uma pesquisa de preços em diferentes estabelecimentos.
Dica 2: algumas lojas concedem descontos para compras em grandes quantidades, portanto, sempre que possível, reúna um grupo de consumidores e discuta sobre essa possibilidade com os estabelecimentos.
Dica 3 - caso a escolha seja pelo pagamento à vista, não deixe de pechinchar. Pagamentos com cartão de crédito são considerados à vista e, portanto, o preço não deve sofrer alteração. Se a alternativa for o pagamento a prazo é preciso checar e comparar as taxas de juros. Para compras com cheques pré-datados, faça com que as datas sejam especificadas na nota fiscal e no verso dos cheques como forma de garantir o depósito na data combinada com a loja.
Dica 4 - a nota fiscal deve ser fornecida pelo vendedor. Em caso de problemas com a mercadoria é necessário apresentá-la, portanto, exija sempre nota fiscal. Ao recebê-la, cheque se os produtos estão devidamente descritos e recuse quando estiverem relacionados apenas os códigos dos itens, o que dificulta a identificação.
Tributos
Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) apontou que o consumidor paga mais de 40% em tributos sobre material escolar. Alguns itens, como a caneta, por exemplo, tem uma carga tributária de 47,49%. Mais de 44% do preço de uma régua é imposto. Na agenda, apontador e borracha, o consumidor destinará 43,19% do preço ao pagamento de tributos às três esferas de governo. Nos cadernos universitários e lápis respondem o tributo responde por 34,99% do valor final.