Os Estados Unidos ordenaram a expulsão de dois funcionários diplomáticos venezuelanos, em resposta à saída, na semana passada, de dois adidos militares da embaixada norte-americana em Caracas, segundo fontes do Departamento de Estado, citadas hoje pela agência espanhola EFE.
Washington notificou no sábado (9) as autoridades venezuelanas da expulsão de Orlando Montánez Olivaras, segundo secretário da Embaixada da Venezuela, e de Víctor Camacaro Mata, funcionário consular.
De acordo com as mesmas fontes, os dois funcionários já regressaram ao território venezuelano. “Recebemos informações da embaixada venezuelana de que [os funcionários] já tinham saído do país”, indicou um funcionário do Departamento de Estado norte-americano, sob anonimato.
A administração norte-americana tomou a decisão com base no Artigo 9º da Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas entre países e do Artigo 23 referente às relações consulares.
O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Elías Jaua, anunciaram na terça-feira (5) a expulsão de David Delmonaco e David Kostal, dois adidos militares da embaixada norte-americana em Caracas.
O governo venezuelano acusou os dois funcionários de “proporem projetos desestabilizadores” a militares venezuelanos, acusação que o Departamento de Estado norte-americano e o Pentágono negaram firmemente.
A decisão de expulsar os dois adidos foi divulgada momentos antes do anúncio da morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, vítima de um câncer detectado em junho de 2011.
Na mesma ocasião, Nicolás Maduro acusou os "inimigos históricos" da Venezuela de estarem por trás da doença de Chávez, afirmação que Washington considerou como “absurda”.
Em reação à morte de Chávez, o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que os Estados Unidos estavam interessados numa futura relação “construtiva” com a Venezuela.
Agência Lusa