Precariedade da sede faz Apace suspender atividades

Direção da entidade informou decisão durante assembleia realizada na semana passada

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A Associação Passo-fundense de Cegos, Apace suspendeu todas as atividades para seus associados. A decisão foi anunciada durante assembleia realizada no teatro Múcio de Castro. As condições físicas onde está instalada a entidade foram determinantes para a decisão. Segundo a direção da entidade, não existe possibilidade de acessibilidade no local, atualmente as condições do imóvel encontram-se precárias, o assoalho apresenta furos e remendos. Além disso, ratos, baratas e diversos insetos circulam pela sede, que em dias de chuva intensa corre o risco de ser alagada, pois o prédio cedido pertence a Prefeitura e há décadas não recebe qualquer tipo de manutenção. A rede elétrica é instável colocando em risco o local. Em nota divulgada ontem, a direção da Apace diz que não consegue ofertar um serviço eficaz e nem cumprir a demanda diária de atendimentos, pois além de profissionais falta estrutura para qualificar o atendimento.

Atualmente a Apace tem cerca de 160 associados de Passo Fundo e região, que vai desde crianças até idosos de 70 anos. Normalmente eram feitos cerca de 75 atendimentos por semana contando ainda com uma lista de espera. Entre as atividade,  os associados participavam de aulas de alfabetização em braile, orientação e mobilidade, atendimento psicológico, aulas de leitura, cinema adaptado, terapia em grupo e individualmente, informática e oficina de estimulação para crianças. Para a direção, todas essas atividades visam promover a independência das pessoas cegas e com baixa visão associadas à Apace, preparando essas pessoas para inclusão social plena.

Para a direção e a sociedade passo-fundense esta situação é inaceitável, “uma cidade polo como Passo Fundo no ano de 2013 não ter um local adequado onde possa desenvolver atividades que promovam autonomia de pessoas com necessidades especiais”.

Nova sede
A Apace conquistou em 2012 o valor de R$ 140 mil através do orçamento Participativo para construir um Centro de Atendimento. No entanto, depende da doação de um terreno para realizar a obra.     Associados e familiares estão mobilizados para resolver a situação de aproximadamente 20 crianças e mais de 50 pessoas ativas de todas as faixas etárias que atualmente estão sem nenhum atendimento.

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