Chamar atenção para a prevenção do câncer de mama e a importância de fazer o diagnóstico precoce da doença é sempre fundamental quando se quer trabalhar para reduzir os altos índices de mulheres com câncer. No Dia Internacional da Mulher (08 de março), a médica radiologista Dra. DanieleCavalheiro Vieira Floss do Centro de Imagem da Mama do Hospital São Vicente de Paulo (CIM-HSVP), de Passo Fundo, abordou o tema Exames que auxiliam o diagnóstico do câncer de mama, em palestra realizada na 14ª Expodireto Cotrijal. O evento foi acompanhado pela direção administrativa do HSVP.
A especialista revelou uma dura realidade para as mulheres brasileiras. “Dos casos novos de câncer, 22% são de mama, e que hoje são diagnosticados 52 novos casos para cada 100 mil mulheres, sendo que nas regiões sul e sudeste esse número é superior (sul- 65 casos/100.000 e sudeste- 69 casos/100.000). Trinta pessoas morrem por dia, no Brasil, em decorrência do câncer de mama”.
Entre as causas prevalentes para a doença, Dra. Daniele citou idade, menarca precoce (antes dos 12 anos), menopausa tardia (depois dos 55 anos), nuliparidade (nunca ter tido filhos), idade da primeira gestação acima dos 30 anos, história familiar positiva de parentes de primeiro grau com câncer de mama, alta densidade do tecido mamário, tabagismo, alcoolismo e obesidade. “Atualmente parece haver um maior número de casos de câncer de mama, principalmente, devido a dois fatores: aumento das taxas de diagnóstico, especialmente pela maior conscientização das mulheres quanto à importância de realizar os seus exames de rotina anuais, além da melhora da qualidade dos exames de imagem; e aumento dos fatores de risco, devido à mudança no padrão de vida das mulheres – nunca ter tido filhos, idade da primeira gestação acima dos 30 anos, maus hábitos alimentares, obesidade e tabagismo”, destacou a especialista.
O câncer de mama inicial não apresenta sintomas. Dra. Daniele informa que somente em um estágio avançado aparecem sintomas, tais como: nódulo na mama ou na axila, alteração no tamanho, no formato ou na textura da mama ou do mamilo, entre outros.
Segundo a médica radiologista, a mamografia é o método de imagem indicado para o rastreamento do câncer de mama. “O principal objetivo dos métodos de diagnóstico por imagem da mama é permitir o diagnóstico precoce do câncer, possibilitando a paciente realizar um tratamento adequado e consequentemente conseguir a cura”.
A especialista ressaltou que o Centro de Imagem da Mama do HSVP disponibiliza diversas modalidades de diagnóstico por imagem da mama, com destaque para equipamentos de Mamografia Digital (DR) com a tecnologia Tomossíntese, além da ultrassonografia mamária, ressonância magnética das mamas (3,0 Tesla Skyra – Siemens) e procedimentos invasivos, incluindo agulhamentos, punções e biópsias guiadas pela ultrassonografia e estereotaxia pela mamografia.
A radiologista mostrou exames com a mamografia digital de duas dimensões e com a Tomossíntese, que é um exame em três dimensões que realiza uma varredura da mama com a obtenção de múltiplas imagens em vários ângulos sequenciais. “A Tomossíntese reduz ou elimina os efeitos da sobreposição de tecido mamário denso na detecção do câncer de mama e na geração de resultados falso-positivos. Dessa forma, ela tem o potencial de refinar a caracterização dos achados mamográficos, reduzir as taxas de reconvocações para complementações e o número de biópsias e, principalmente, de aumentar a detecção do câncer de mama, sobretudo, em mulheres com mamas densas”, descreveu.
Diagnóstico precoce assegura chances de cura
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