Escola Aberta pode encerrar os trabalhos gradativamente

Problemas estruturais, didáticos, segregação e estagnação tecnológica são os principais problemas da escola Aberta apresentada para a Cebes

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As Condições precárias da estrutura física da Escola aberta, o desconhecimento à quem pertence o terreno da escola, a metodologia pedagógica e o desafio de incluir seus alunos na comunidade foram debatidos, ontem, em audiência na Comissão de Educação e Bem Estar Social com a coordenadora da 7ª CRE Marlene Silva. Conforme Marilene a escola agrega estudantes em situação de vulnerabilidade social de todo o município e possui práticas pedagógicas diferenciadas das demais escolas do Estado. Ela conta com 20 profissionais, 112 estudantes matriculados, onde poucos possuem frequência regular e índices de reprovação que chegam a 73%.

Segundo a coordenadora, a escola passa por diversos problemas relacionados a precariedade física do prédio, já que o Estado não pode investir em melhorias , já que o espaço não pertence a ele e o proprietário da locação é desconhecido. A coordenadoria de educação entrou em contato com o município solicitando um esclarecimento a quem pertence o espaço, para que investimentos do governo estadual também possam ser feitos, desde o aspecto físico aos didáticos.  Outra questão enfrentada pela escola é a segregação que o modelo didático da escola oferece, fugindo das politicas educacionais desenvolvidas pelo ensino estadual. “Não queremos segregar os alunos, precisamos inclui-lo na sua comunidade. Por isso, nossa intenção é gradativamente, observando o zoneamento de cada aluno, inclui-lo em escolas próximas a sua comunidade. Essa medida vai proporcionar uma melhor qualidade educacional e chances de sucesso para eles”, comentou.

 Mesmo que a escola tenha situação do terreno regularizada e investimentos sejam feitos a escola passará a atuar com outro formato metodológico, que possibilite a inclusão dos estudantes com a sociedade e volte-se ao formato que as demais escolas estaduais atuam.

Caso as condições não se alterem a escola aberta terá seus trabalhos encerrados gradativamente. Essa prática se dará, incluindo os estudantes em escolas das suas comunidades, e colocando os profissionais que nela atuam em outras instituições de ensino do Estado.

Audiência

Os vereadores convidaram a 7ª Coordenadoria para participar da audiência publica sobre as casas de drogadição e a inclusão social de dependentes químicos, para trazer aos debates a situação da escola aberta  e o seu desafio em promover a inclusão social dos estudantes. A audiência acontece na sexta-feira as 14h na Câmara de Vereadores.

 

Protesto na Câmara de Vereadores

A sessão de ontem da Câmara de Vereadores teve como principal debate o problema habitacional que a cidade enfrenta. As discussões se desenvolveram devido a presença dos manifestantes do movimento da moradia do bairro Leonardo Ilha. Eles protestavam contra a liminar que os obriga a sair do espaço ocupado em outubro do ano passado, no Bairro Leonardo Ilha. Os manifestantes contaram com o apoio de vários vereadores que se colocaram favoráveis ao protesto. Rui Lorenzato, PT, foi um dos parlamentares mais enfáticos, cobrando da prefeitura municipal, uma intervenção na causa dos moradores e providências para que a área seja regularizada. Lembrou o plenário, dos trabalhos habitacionais realizados na gestão municipal anterior que regularizou diversas áreas, proporcionando moradia para um acentuado número de famílias. Patric Cavalcanti, DEM, e Pedro Daneli, PPS, foram alvo de protestos dos moradores, que viram as costas aos vereadores no momento que estavam com a palavra.

 

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