A nova lista de municípios infestados pelo aedes aegypti divulgada pelo governo do Estado na última semana inclui Passo Fundo. Um foco de larvas encontrado em uma residência mostra que o mosquito está se espalhando pela cidade e o município precisará mudar de estratégia de combate. Neste momento, o apoio da população é fundamental para evitar que a situação se complique.
De acordo com a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental Elonise Márcia Dalpiaz até agora só haviam sido encontrados focos nas armadilhas. Mesmo assim o número assusta. No total, 36 focos de larvas foram encontrados em menos de quatro meses, enquanto durante todo o ano de 2012 foram encontrados 19. No município estão instaladas 363 armadilhas para controle do mosquito que serão retiradas.
A nova estratégia de controle ainda será definida. “As vistorias serão intensificadas e as pessoas precisam fazer a sua parte para evitar o acúmulo de água de qualquer natureza que podem servir de criador do mosquito”, ressalta.
Para Elonise entre os fatores que influenciam a proliferação do aedes aegypti é o grande trafego de pessoas e veículos vindos de municípios que já estavam na lista de infestados. No Estado quase 100 municípios estão na lista. Na região, além de Passo Fundo, Carazinho, Espumoso, Não Me Toque e Tapejara são apontados.
Cuidado
As dicas para evitar a proliferação do mosquito são velhas conhecidas da população, mas a sensação de tranquilidade faz com que muitas pessoas se descuidem de pequenos detalhes. É preciso fechar caixas d’água, tonéis e latões; limpar bebedouros de animais com escova; guardar garrafas vazias com o gargalo para baixo; guardar pneus velhos em local fechado; manter ralos, canos e calhas desentupidos; não deixar acumular água em vasos de plantas; e manter piscinas tratadas o ano inteiro.
Dúvidas podem ser esclarecidas diretamente no Núcleo de Vigilância Ambiental pelo telefone 3046-0073. Pelo mesmo número é possível fazer denúncias de locais onde há água parada que facilitem o desenvolvimento do mosquito.
Principais sintomas
A dengue clássica se diferencia de resfriados e gripes por não apresentar sintomas respiratórios como coriza. Ela apresenta os seguintes sintomas:
99% das pessoas apresentam febre durante cerca de sete dias com início abrupto.
60% têm dor de cabeça frontal severa, dores nas articulações e músculos.
50% têm dor atrás dos olhos (retro-orbital);
50% têm prostação, indisposição, perda de apetite, náusea e vômitos.
25% têm manchas vermelhas no tórax e braços.