Professores e funcionários da rede estadual paralisam as atividades de hoje até quinta-feira. Entre outras reinvidicações, eles pedem a implementação do piso salarial nacional, no valor de R$ 1,5 mil para uma carga horária de 40 horas. A greve faz parte de uma programação nacional de luta dos educadores. Ontem à noite, um ônibus com professores da região partiria em direção a Brasília para o ato público marcado para quarta-feira. No Estado, os protestos acontecem hoje, a partir das 13 horas, com uma concentração em frente ao Cpers/Sindicato, e deslocamento até a Praça da Matriz. Professores da região devem lotar pelo menos três ônibus para participarem do ato.
Em Passo Fundo, as mobilizações estão marcadas para a quarta-feira, com duas concentrações, às 9h e 15 horas, em frente ao colégio Fagundes dos Reis. Segundo a diretora do 7º núcleo do Cpers, com sede em Passo Fundo, Norma dos Santos Machado, as principais escolas devem paralisar as atividades durante os três dias de greve. “Passamos por quase todas as 135 escolas do nosso núcleo convocando os professores. Queremos que o governador cumpra a palavra de quando era Ministro da Justiça e respeito a Lei do piso assinada por ele próprio” afirma. Uma avaliação da greve está marcada para quinta-fera na sede do Sindicato dos Bancários.
Nota da Seduc
Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) está orientando os pais que levem seus filhos para as aulas que devem transcorrer normalmente. “Quanto às direções das escolas, a Seduc solicita que seja feito o fiel registro da realidade escolar quanto à efetividade de cada professor e funcionário” diz a nota. A secretaria alerta ainda para, caso aconteça paralisação, as aulas devem ser recuperadas na sua totalidade, ressaltando que atividades de paralisação, mesmo com a participação dos alunos, não são consideradas letivas. A rede pública estadual conta com 2.574 escolas e mais de um milhão de alunos.
Rede municipal
Na quarta-feira, professores da rede municipal de ensino também vão paralisar as atividades para participar da programação do Cpers. Membro da diretoria Centro Municipal de Professores de Passo Fundo (CMP), André Rossi Canals afirma que algumas escolas terão períodos reduzidos enquanto em outros estabelecimentos de ensino não haverá aula. “Hoje os alunos devem receber um bilhete informando sobre a suspensão das aulas ou mudança dos horários” afirmou. A luta dos professores municipais é por melhorias nas condições de trabalho e pela reforma no plano de carreira. O município possui 62 escolas, incluindo estabelecimentos de educação infantil, e aproximadamente 1,5 professores.
Magistério estadual faz greve de três dias
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