Brasil deve ampliar a produção agroecológica

Seminário nacional sobre o tema acontece nos dias 8 e 9, em Brasília

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Apesar de ter água em abundância, terra de qualidade e domínio da tecnologia, o Brasil ainda está longe de ser destaque mundial na produção de alimentos livres de agrotóxicos e adubos químicos. A constatação é da coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Agroecologia e Produção Orgânica, deputada federal Luci Choinacki (PT-SC). A Frente, que hoje reúne mais de 200 deputados e cerca de 30 senadores, vai realizar nos dias 8 e 9 de maio, próximas quarta e quinta-feira, no Auditório Petrônio Portella, do Senado federal, em Brasília, o primeiro Seminário Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Garantia de Saúde, Renda e Sustentabilidade, para o qual são esperados 800 participantes.

“Nossa intenção é que a Frente não seja estática, mas mobilizadora. Queremos colocar em pauta outra concepção de produção rural, mostrando que existem formas diferentes de produzir, sem veneno. Agroecologia é ciência, é pesquisa, é tecnologia, é renda, é preservação ambiental, é saúde. Há um campo imenso a ser explorado e estamos dispostos a explorar”, disse. De acordo com a parlamentar, apenas 2% da produção de alimentos no Brasil segue os princípios da agroecologia, percentual muito pequeno se comparado a países como França e Itália, por exemplo. “Eles já consumiram muito veneno e viram as consequências dramáticas para a saúde da terra, dos cursos d’água e humana. Agora é a nossa vez de criar essa consciência.” A meta do governo federal é elevar o índice para 15% em dois anos e para isso estuda políticas públicas de incentivo à produção agroecológica.

Entre os objetivos do seminário estão dar visibilidade política ao segmento, valorizar os produtores, técnicos e cientistas voltados para essa área e, principalmente, elaborar um Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica que envolverá financiamento, pesquisa, assistência técnica, sementes, insumos, certificação e logística. “Democraticamente, quem quiser plantar com veneno que plante. Mas aquele que escolheu produzir um alimento livre de veneno, deve ter condições para isso”, defendeu a parlamentar. Para ela, o mesmo movimento, de retomada dos processos naturais de produção, deve migrar para a pecuária.

O Seminário Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica tem o apoio da Ação de Cidadania contra a Fome, a Miséria e Pela Vida, dos ministérios da Saúde, do Meio Ambiente, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Desenvolvimento Agrário e da Secretaria Geral da Presidência da República. Caixa Econômica Federal, BNDES, Eletrobras, Distribuidora BR Petrobras e Fundação Banco do Brasil aparecem como patrocinadores. As inscrições podem ser feitas pelos telefones (61) 3215-5306/3215-1306 ou pelo e-mail [email protected].

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