Tecnologia e matemática: uma mistura que pode dar certo

Disciplinas se unem e incentivam estudantes a desenvolver habilidades em programação de computadores.

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É possível aproximar a computação da matemática? Aqui em Passo Fundo sim. Prova disso é a 1º Olímpiada de Programação de Computadores, que teve sua abertura oficial no sábado, 18, na Universidade de Passo Fundo, com leitura das regras e treinamento para a utilização do Scratch, ferramenta que será utilizada na competição. 

A Olimpíada é uma realização da Prefeitura de Passo Fundo, através da Secretaria Municipal de Educação e da UPF, com organização dos cursos de Matemática e Computação da Universidade e teve 13 escolas inscritas, com um total de 120 estudantes do Ensino Fundamental. Segundo o professor Adriano Teixeira, um dos organizadores, é a primeira vez que um evento desse tipo será realizado no Estado. A expectativa do professor em relação a competição vem em três níveis: “O primeiro é que, a médio e longo prazo, desperte nas crianças o interesse pela área tecnológica. Segundo, que a gente possa criar uma alternativa de utilização para os laboratórios de informática nas escolas. E terceiro, é criar um espaço de qualificação da informática na vida dessas crianças, elas não vão só navegar na internet, não vão só jogar, mas vão programar um computador de fato”, explica.

Para o secretário municipal de educação, professor Edemilson Brandão, eventos como este são importantes porque estimulam o jovem desde cedo a participar de grandes competições. O secretário acredita que o papel da escola vai muito além do ensinar, a escola tem que dar possibilidades, oportunidades para que as crianças possam apresentar o seu talento. “Toda atividade que envolve a competição, que envolve o espírito competitivo, não no sentido destrutivo, mas criativo, é uma experiência que faz com que, em primeiro lugar, atinja a expectativa do jovem. Eles precisam ser estimulados dentro dessa perspectiva, até para que eles encontrem razão para estar na escola”, comenta.

Outro ponto importante ressaltado pelo secretário diz respeito às causas de evasão escolar. Para ele, a escola não perceber no estudante o aspecto estratégico, competitivo, diferenciador e estimulador contribui para afastar o jovem da sala de aula. “Existe uma ideia de que o afastamento do jovem da escola se deve a três importantes fatores: a escola não entender o potencial dele na área artístico-cultural, a escola não entender o potencial dele na área esportiva-criativa e que a escola não entender o potencial dele em termos tecnológicos e de inovação. Se a escola conseguisse perceber esses três fatores e intensificasse o trabalho em relação a esses fatores, eles estariam bem mais próximos da escola”, garante.

A próxima etapa da Olimpíada acontece no dia 6 de julho, quando as equipes vão se reunir no Ginásio Poliesportivo da UPF e durante três horas e meia vão resolver oito desafios que crescem em nível de complexidade. Até lá, semanalmente as equipes vão receber, pequenos desafios a serem resolvidos com os professores de matemática e computação. As três primeiras equipes – alunos e professores – e as escolas receberão uma premiação que ainda não foi definida.

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