Um dia para lutar contra a homofobia

Atividades marcaram o Dia Nacional de Combate a Homofobia e reuniram cerca de 50 pessoas na luta contra o preconceito.

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Em 2010, o dia 17 de maio foi instituído, através de um decreto presidencial, como o Dia Nacional de Combate a Homofobia. A data foi escolhida porque foi nesse dia, em 1990, que a Assembleia Mundial da Saúde retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças, declarando oficialmente que a homossexualidade não constitui uma doença, nem um distúrbio. 

Em Passo Fundo, a data foi marcada no sábado, 18, com duas atividades organizadas pelo Plural – Coletivo LGBT. A primeira atividade foi uma palestra sobre violência e família, ministrada pelos psicólogos Eduardo Althaus e Thiago Peppes na Faculdade Anhanguera. Logo após, os cerca de 50 participantes saíram para a 2ª Marcha Contra a Homofobia, que seguiu pelo centro da cidade até o Parque da Gare.

Segundo o estudante de Ciências Biológicas e militante do Plural, Oscar de Souza Santos, através de cartazes e de megafones, o grupo busca mostrar à população alguns pontos importantes na luta contra a homofobia como a questão dos crimes de ódio, que acontecem a cada 26 horas no Brasil, a questão da criminalização da homofobia e a questão do casamento igualitário, que teve uma vitória na semana passada quando foi aprovado e os casais homoafetivos ganharam o direito de se unir legalmente em todos os cartórios do país. Para Oscar, é importante trazer estas pautas para o âmbito municipal. “A intenção é falar sobre tudo isso que está acontecendo e as pessoas poderem ouvir, poderem se politizar e saber porque isso está acontecendo”, ressalta.

Oscar acredita que ainda existe muito preconceito, não só aqui, como em todo lugar. Apesar disso, afirma que o grupo não encontrou uma resistência tão grande em Passo Fundo. “Acho que a adesão e o respeito ao movimento estão sendo bem bons aqui na cidade, mas tem muitas coisas acontecendo. No caminho da marcha a gente ouviu muita piada. É a questão da liberdade de expressão. Todo mundo tem liberdade de expressão, desde que essa não discrimine ninguém. O preconceito existe sim, de forma escancarada ou de forma velada e o velado é o que a gente mais enfrenta todo o dia”, encerra.

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