Uma das áreas de atuação da equipe de Fonoaudiologia do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), de Passo Fundo, é o tratamento de pacientes com disfagia, que consiste em um distúrbio de deglutição causado por pós-operatório, intubação por longo prazo, câncer de cabeça e pescoço, entre outros fatores. Quando esses pacientes apresentam o sintoma as fonoaudiólogas prescrevem uma dieta adaptada para que este paciente não aspire o alimento para o pulmão.
O trabalho das fonoaudiólogas conta com o apoio das nutricionistas e das copeiras, que participaram de um treinamento que enfatizou a importância de ambas as partes no processo do cuidado dos pacientes com disfagia. Durante a atividade, a fonoaudióloga do HSVP, Gabriela Decol Mendonça abordou os temas consistências diferentes de alimentos e o trabalho das copeiras na recuperação dos pacientes disfágicos. Para ela, o treinamento é importante para a familiarização das profissionais com os tipos de alimentos consumidos pelos pacientes com disfagia, e também para valorizar o trabalho em grupo. “Nós ficamos responsáveis pelo diagnóstico, por especificar a parte da consistência da dieta, mas precisamos do apoio das nutricionistas para que repassem esses alimentos específicos e das copeiras para que levem corretamente a alimentação até o paciente”, evidenciou Gabriela.
No contexto do trabalho integrado, a nutricionista do HSVP, Aline Calcing acentua que a nutrição faz a conexão entre a fonoaudiologia e a copa. “Nós separamos e organizamos os alimentos que cada paciente pode receber, até porque não tem como as copeiras lembrarem de todos os alimentos que os pacientes podem ou não ingerir. Nesse sentido, o treinamento tem o papel de valorizar o envolvimento e desempenho de todas as partes”.
A atividade desenvolveu-se com conteúdos teóricos e práticos, que para a copeira Salete Faustino auxiliaram na solução de muitas dúvidas que ela ainda tinha. “Já seguíamos essas prescrições, mas tínhamos dúvidas, hoje foi possível solucioná-las e conhecer um pouco mais sobre as necessidades do paciente disfágico e como fizemos parte do seu tratamento”.