De Passo Fundo para o Papa

Jovem da cidade foi escolhido pela Arquidiocese para participar das atividades da JMJ no palco

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Ele tem 26 anos e dedicou treze à Igreja. Jandercel Felini trabalha, faz faculdade de Engenharia Elétrica e, ainda, é um dos jovens que se prepara para a Jornada Mundial da Juventude, no fim do mês. Para ele, a expectativa é diferente: foi selecionado, pela Arquidiocese, para representar Passo Fundo e região, nos Atos Centrais do evento. Isso quer dizer que ele vai ficar no palco, junto com o Papa, em grande parte das atividades. 

A escolha é resultado de um trabalho que iniciou há algum tempo atrás, na catequese. “Entrei na catequese porque minha mãe me levou. Não gostei. A catequese pra mim era chata”. A família mudou de cidade e, então, distante daqui, Jander encontrou aquilo que sentia falta: “Lá participei de uma catequese mais pesada, sentia uma responsabilidade, tinha tarefas pra fazer, coisas pra estudar, as missas eram animadas e eu fiquei contagiado com a alegria e com o conhecimento bíblico passado pra mim”. Ao voltar para cá, pouca coisa havia de diferente: “Voltamos e a catequese não havia mudado por aqui, mas meu coração sim. Surgiu a vontade de montarmos um grupo de jovens, mas de todos que participavam, apenas mais duas pessoas queriam montar um grupo comigo, então o grupo não surgiu”.

Sem um grupo, Jander concluiu a catequese e não se envolveu em qualquer atividade da Igreja. O Curso de Liderança Juvenil, CLJ, surgiu na vida dele quando os pais foram convidados para participar do Cursilho - movimento destinado aos casais - e lá descobriram a existência de um grupo de jovens. “Fui numa tarde de sábado, cheguei atrasado, nem queria entrar, pois a ansiedade e vergonha por estar atrasado era grande. Vi um monte de jovens no Sacrário e voltei pra sacristia e meu pai me empurrou pro sacrário de volta.” Aí, as coisas começaram a mudar: “Um jovem veio me acolher bem animado enquanto já se iniciavam os cantos e me senti muito a vontade naquele clima. Violões, palmas, alegria, enfim, uma juventude vibrante.”

Curso de Liderança Juvenil
Aos poucos, o jovem foi se encaixando. As primeiras atividades, no entanto, foram complicadas: “Na primeira reunião de grupo que participei, lembro que nos foi dada a atividade de comentar sobre o que entendemos do Evangelho, o que ele falou ao meu coração e eu estava vermelho, envergonhado, mas comentei e logo depois uma menina que coincidentemente era minha colega me disse que era pra eu "calar a boca" porque eu já falava demais no colégio... e eu achando que falava pouco”. O silêncio, nesse tempo, prevaleceu: “Acredito que fiquei meio ano participando do CLJ no mais absoluto silêncio, até que comecei a tomar coragem e de abrir meu coração novamente”.

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