Médicos de todo o Rio Grande do Sul devem parar as atividades por duas horas hoje. Em Passo Fundo não será diferente e a paralisação também acontece, sendo observada a manutenção dos serviços de urgência e emergência. Hoje, 30 de julho, médicos e os estudantes de medicina vão se reunir na Praça Tamandaré, vestindo jaleco com tarja ou laço preto. Na ocasião serão distribuídos à população materiais impressos contendo o posicionamento dos médicos com relação à crise na saúde pública e carta das entidades nacionais com a mesma finalidade.
No dia 31 de julho, quarta-feira, a mobilização seguirá com os médicos das unidades de atendimento de saúde de Passo Fundo. A organização da mobilização em Passo Fundo está a cargo da Ameplan, Simers, Cremers, Amrigs, Cepron, Faculdade de Medicina e Médicos Residentes dos Hospitais São Vicente de Paulo e da Cidade.
A paralisação foi definida em assembleia realizada na semana passada. Além de Passo Fundo e de Porto Alegre, os municípios de Erechim, Bagé, Santa Cruz do Sul, Rio Grande, Santana do Livramento, Uruguaiana, Santa Maria e Ijuí também confirmaram a participação na mobilização. A pauta que move a manifestação são as medidas anunciadas pelo governo federal que, segundo a classe médica, “não atacam os reais problemas da saúde brasileira e para cobrar mais investimentos públicos”. De acordo com a diretoria estadual do Simers, a população está sendo comunicada da mobilização em diversos pontos de atendimento. O movimento integra calendário nacional, com foco na derrubada da Medida Provisória (MP) 621/2013, que criou o programa Mais Médicos, e dos vetos da presidente Dilma à Lei do Ato Médico.
Ainda segundo da direção estadual do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul, os serviços de urgência e emergência funcionarão normalmente e casos graves não deixarão de ser atendidos. Quem estiver de plantão em serviços de urgência e emergência estará fora da paralisação, mas apoiará integralmente o movimento. "Os profissionais atenderão 100% do tempo e das suas tarefas. Nas horas em que não estiverem no trabalho, entregarão panfletos esclarecendo as pessoas sobre as deficiências. Queremos gerar o menor transtorno possível. Até porque a vitória nesta luta beneficiará todos os brasileiros", argumenta Paulo Argollo Mendes, presidente do Simers.