Brasil precisa pensar modelo de setor leiteiro que pretende adotar

Crescimento da demanda mundial e da comercialização internacional forçam o país a se especializar no setor para se tornar mais competitivo

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A tendência para a produção de leite no mundo foi o tema da palestra de abertura do InterLeite Sul 2013 que acontece até esta quinta-feira no Gran Palazzo. O palestrante convidado foi o pesquisador da University of Winconsin Mark Stephenson. Durante a explanação ele destacou que o Brasil tem apresentado um crescimento rápido na cadeia láctea, mas ainda precisa definir um modelo para o setor.

De acordo com Stephenson a produção de leite teve um crescimento rápido em diversos países, incluindo o Brasil. Ele citou o caso dos Estados Unidos que teve um crescimento acentuado a partir da década de 1950. Hoje os EUA estão entre os maiores produtores e são o fiel da balança de produção de leite no mundo. Em momentos nos quais o mundo necessita de mais leite isso é muito favorável, no entanto quando a demanda diminui as consequências são ruins. Em 2009, por exemplo, as fazendas perderam até 30% do patrimônio em função disso.

Algumas fazendas dos EUA buscam conseguir aumentar os custos fixos e diminuir os variáveis. O país tem facilidade para ampliar rapidamente a produção quando o mercado precisa, no entanto tem dificuldades para diminuí-la em momentos de baixo preço.

Entre os modelos para o setor ele fez comparações entre os adotados nos Estados Unidos e na Nova Zelândia. Embora ambos os países tenham custo total de produção semelhante, a estrutura dos custos é diferente. Os EUA têm um modelo de produção mais intensivo, com custos variáveis altos e custos fixos baixos, compram ração a um custo maior em função das disputas pelos insumos utilizados para a fabricação e ainda enfrentam os riscos de preço. A nova Zelândia produz com menos insumos, mas tem custos fixos elevados em valores de terra. A alimentação é baseada principalmente em pasto. O país, no entanto, enfrenta o risco da produção.

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