O milho deve ter uma nova redução de área cultivada no município nesta safra. Com o início do período do plantio nesta segunda quinzena do mês de agosto, poucos produtores têm demonstrado interesse pela cultura. Os motivos são vários, entre eles o alto custo para implantação da lavoura, a baixa remuneração e a suscetibilidade às condições climáticas adversas. Devido a isso, os produtores têm dado preferência à segurança representada pela soja que é mais resistente a seca, por exemplo, e também tem mantido bons preços.
De acordo com o cerealista Emeri Tonial a redução na área plantada se deve a dois fatores principais. O primeiro é o alto custo de produção. “O milho é um produto com custo de semente elevado e exige adubação mais qualificada, porque o rendimento é proporcional ao tipo de adubação que se usa. Quem for plantar milho hoje tem que fazer com alta tecnologia”, analisa.
O segundo fator apontado por Tonial diz respeito a queda no mercado internacional. Conforme ele, a produção brasileira de milho quase atinge a quantidade produzida de soja. Neste ano, de acordo com estimativas da Conab a produção deve ficar em aproximadamente 80 milhões de toneladas enquanto o consumo brasileiro não chega a 60 milhões. “Então devem sobrar cerca de 20 milhões de toneladas e isso vai ser um entrave. A sorte do produtor é que o câmbio tem favorecido para ter uma remuneração na exportação. Se for analisar os custos, principalmente de logística, no Brasil a produção fica inviabilizada”, argumenta. Ele cita exemplos em que o frete de uma saca custa mais do que o valor do próprio produto.
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