Nesta semana a Prefeitura de Passo Fundo anunciou o cronograma de realização de uma consulta pública que será realizada no município entre outubro de janeiro para definir um modelo para a inédita licitação do transporte público. Atualmente três empresas são responsáveis pelo transporte público em Passo Fundo: Coleurb, Transpasso e Codepas e todas aprovaram a iniciativa do executivo. A operação do serviço é questionada pela Justiça por falta de realização de licitação pública. A última ocorreu em 1985 e depois disso os contratos foram renovados sem a realização do certame.
Segundo o advogado das empresas Coleurb e Transpasso, José Mello de Freitas, a consulta pública vai democratizar o processo de determinação do tipo de transporte que os moradores de Passo Fundo querem e precisam. “O prefeito foi muito feliz quando tomou esta iniciativa, que é inédita na cidade”, disse. O processo de participação da população vai iniciar com uma pesquisa pela internet e cinco audiências públicas no Centro e nos quatro grandes bairros da cidade. Posteriormente também serão ouvidos, em audiências setoriais, os trabalhadores do transporte, movimento estudantil e de bairros e ainda os empresários.
O transporte púbico, segundo Freitas, até então, era dimensionado pelo número existente de linhas e nunca houve um levantamento mais amplo que contemplasse todo o sistema, incluindo as demandas da comunidade. “Esta consulta vai permitir, que no momento de licitação, a proposta de prestação de serviços se seja adequada ao tipo de transporte que a população quer e não ao número de linhas existentes”, relatou.
O diretor presidente da Codepas, Tadeu Karczeski, disse que a consulta pública dará transparência sobre o funcionamento de todo o sistema de transporte na cidade. “Por sermos uma empresa pública, onde o Executivo é detentor de mais de 98% das ações da empresa, a Prefeitura é que vai definir o papel da Codepas nesta nova licitação. Nós vamos participar de forma transparente, fornecendo as informações necessárias e cumprindo a determinação do executivo”, disse Karczeski.