Realismo na apresentação das lendas

As entidades tradicionalistas levaram para a Avenida Sete de Setembro todo realismo possível para retratar as lendas no imaginário Social

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As oito entidades tradicionalistas, participantes da 21ª Mostra de Cultura Gaúcha, procuraram retratar com o máximo de realismo as lendas que representavam. A temática dessa edição da Mostra abordava o Rio Grande do Sul no imaginário Social. Com isso, o desafio das entidades foi retratar as lendas que compõem esse cenário na cultura gaúcha. Para isso, os grupos apresentaram, além de indumentária rigorosa, um conjunto de caracterizações que procuravam impressionar o público pela atuação ou pelos ambientes ou situações que estavam retratando. Para surpreender o público os grupos utilizaram efeitos especiais, canhões, espadas, animais, fogo de chão e até mesmo churrasco estava sendo assado em uma das alas do desfile.

As prendas e peões da 7ª Região Tradicionalista abriram o desfile. O primeiro CTG a desfilar foi o Estância Nova. Eles procuraram retratar Simões Lopes Neto dentro dos principais ambientes de sua vida e principalmente sua influência literária. Logo após veio o CTG Dom Luiz Felipe de Nadal, que trouxeram a lenda do M’boitatá levando uma cobra de 22m para a avenida. Além dessa cobra, outra um pouco menor também fazia parte do desfile e outra foi levada em um dos caminhões. Elas procuravam retratar a cobra M’Boitatá e o seu ataque à outros animais. Em seguida o Grupo Tradicionalista Cavaleiros do Mercosul narrou a lenda do Negrinho do Pastoreio. Para isso, apresentaram através de sete alas as fazes do sofrimento dele até a sua morte e a aparição da Virgem Maria. O grupo apresentou dos os estágios da lenda, procurando fidelidade nas cenas das surras do negrinho. Contudo, um dos momentos mais impressionantes foi quando o Negrinho morre e surge a Virgem Maria. A última ala procurou demonstrar a religiosidade do povo na alma do Negrinho. A quarta entidade a se apresentar foi o CTG Fagundes dos Reis, que retratou a lenda da Salamanca do Jarau. O grupo apresentou a Quebra do Encanto do Cerro do Jarau, quando o personagem Blau Nunes completa sete provas e livra o sacristão do encantamento feito pela Princesa Moura. Em seguida, o Mate de João Cardoso foi a lenda apresentada pelo CTG Moacyr da Motta Fortes. O grupo procurou apresentar com fidelidade os traços do povo e os seus aspectos cotidianos, para retratar a lenda. Já as trezentas onças foi representada pelo CTG Eduardo Muller. O grupo apresentou o personagem de Blau Nunes, quando volta ao cenário das Trezentas Onças e demonstra a relação do gaúcho com a natureza.

O sétimo grupo a se apresentar foi a Associação de Trovadores Pedro Ribeiro da Luz levando o Chasque do Imperador como tema. O grupo procurou trabalhar as questões ligadas ao cotidiano do gaúcho como os cuidados com os cavalos, os conflitos platinos e a função da mulher na economia doméstica. Todas essas características procuravam mostrar a dualidade vivida entre gaúchos e as pessoas ligadas à corte. O realismo dos cenários da narrativa buscavam ser fiéis a realidade vivida pelo povo da época. Por último o CTG Guapos da Agronomia levou a lenda da Bruxa como tema principal. O grupo levou para o desfile as crendices ligadas ao encantamento das bruxas e as suas consequências no cotidiano do gaúcho.

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