Evento discute formas de produzir alimentos saudáveis

A abertura foi realizada na manhã desta quinta-feira (17/10) no Centro de Eventos.

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O curso de Engenharia de Alimentos da Universidade de Passo Fundo (UPF) tem vários motivos para considerar 2013 um ano especial. Ao completar 15 anos, a graduação comemora a aprovação do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA) pela Capes e os excelentes resultados obtidos em avaliação do MEC, que destacou ao curso como sexto melhor do país considerando o Conceito Preliminar de Curso. A este contexto alia-se o Dia Mundial da Alimentação e Dia do Engenheiro de Alimentos, lembrado em 16 de outubro. Para celebrar todas as conquistas e datas comemorativas, está sendo realizado, nos dias 17 e 18 de outubro, o VIII Simpósio de Alimentos para a Região Sul (Sial), que reúne na UPF aproximadamente 350 estudantes e profissionais de todo o estado para discutirem novas possibilidades para aprimorar o setor alimentício. A abertura foi realizada na manhã desta quinta-feira (17/10) no Centro de Eventos.

A vice-reitora de Graduação, Neusa Maria Henriques Rocha, destacou a qualidade do curso, que aos 15 anos já constitui uma trajetória consolidada. “O comprometimento do corpo docente e de estudantes e a qualidade do trabalho que vem sendo feito na Engenharia de Alimentos têm repercutido positivamente na Instituição, que tem nesse curso um exemplo”, avaliou Neusa. Para o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Leonardo José Gil Barcellos, a excelência do corpo docente, especialmente no aspecto científico, garantirá à Engenharia de Alimentos da UPF um crescimento ainda maior. “Após a implantação do mestrado, diversas outras conquistas virão de forma natural, porque é nessa direção que o grupo vem trabalhando”, observou.

A dedicação dos professores e alunos da Engenharia de Alimentos também foi destacada pelo diretor da Faculdade de Engenharia e Arquitetura, Vagner Alves Guimarães. “A nossa faculdade caminha para implantação do 11º curso de graduação, além dos programas de pós-graduação. A Engenharia de Alimentos tem uma contribuição muito grande nesse crescimento. A participação do curso no projeto do UPFParque, entre outros exemplos, nos mostra como é possível fazer valer o esforço e dar um salto de qualidade”, mencionou.

O desenvolvimento de produtos e processos na indústria de alimentos é o tema central do VIII Simpósio. O professor Marcelo Hemkemeier, um dos coordenadores do evento, explica que a temática foi escolhida por estar em sintonia com o Dia Mundial da Alimentação deste ano, que enfoca sistemas alimentares sustentáveis para segurança alimentar e nutrição. “A temática também se relaciona com as linhas de pesquisa do PPGCTA: Processos biotecnológicos e não convencionais na produção de alimentos e ingredientes e Qualidade e propriedades funcionais de alimentos”, explicou. Além das palestras, que envolvem aspectos acadêmicos e industriais, e de mesas-redondas, o simpósio inclui a exposição de pôsteres. “Tivemos 245 trabalhos científicos inscritos, que estão sendo avaliados por professores e doutorandos da UPF e de outras instituições. Na tarde de sexta-feira ocorrerá a entrega de troféus para os melhores trabalhos nas áreas de ciência, engenharia e tecnologia de alimentos”, relatou Hemkemeier.

Compuseram ainda a mesa de abertura o coordenador do PPGCTA, Luiz Carlos Gutkoski, que também coordena o evento e mediou a palestra de abertura, e o coordenador da graduação em Engenharia de Alimentos, Christian Oliveira Reinehr.

Encapsulamento de alimentos
O Dr. Carlos Grosso, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, proferiu a palestra de abertura, que abordou as perspectivas e possibilidades do encapsulamento aplicado à indústria alimentícia. O convidado explicou que o procedimento consiste em reproduzir um tipo de membrana celular em elementos como enzimas, bactérias, peptídios e sabores. Um exemplo de aplicação desse processo são os alimentos com probióticos, produtos em evidência atualmente. “Tentamos conferir ao envelope uma permeabilidade específica, de modo que ele permita a entrada dos compostos desejados e barre os indesejados”, explicou. Isso é útil para tornar certos elementos menos suscetíveis a agentes prejudiciais a eles ou melhorar tecnologicamente a eficiência desse material ativo dentro de um contexto de alimentos. “Por exemplo, existem processos fermentativos em nosso organismo que podem impedir que as bactérias desejadas cheguem até o intestino”, explicou. Outro exemplo citado pelo pesquisador são os chicletes, que proporcionam um sabor no início e outro no decorrer do seu consumo.

O evento teve continuidade à tarde, com palestra sobre Inovações nos setores lácteo, cárneo e de cereais, com Giovana Morais e José Nadal (Prozyn) e Daniela Margarida Buosi (BRF), e sessão de pôsteres. Veja mais informações e a programação completa no site www.upf.br/sial2013.



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