Sindicato Rural realiza reunião do trigo

Encontro que acontece hoje tem como pautas principais solicitar ao governo estadual o retorno da cobrança da taxa para importação e comercialização do trigo e a redução da alíquota de ICMS relativo ao grão

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Nesta terça-feira, 5 de novembro, a partir das 14h, o Sindicato Rural de Passo Fundo realiza uma reunião para tratar da comercialização, impostos e taxas relativos ao trigo no Estado, que tem o maior ICMS para o grão de todo país. O encontro, proposto pela Comissão de Grãos do Sindicato, tem como objetivo mobilizar os produtores rurais através de entidades representativas do setor, para buscarem junto ao governo estadual o retorno da cobrança da taxa para importação e comercialização do trigo e a redução da alíquota de ICMS relativo ao grão.

Júlio Carlos Susin, coordenador da Comissão de Grãos do Sindicato Rural, explica que o objetivo principal é mobilizar os agricultores para que solicitem ao governo mudanças que beneficiem a produção do grão no Estado. “O governo estadual manteve a isenção da Taxa de Importação de Trigo, porque não havia trigo interno. Mas agora a questão é outra, há trigo no mercado interno e solicitamos que reativassem a taxa até a comercialização do trigo da safra atual pelos produtores gaúchos e depois fariam como quisessem. Até agora o que sabemos é que o governo irá manter a isenção da taxa para importação e a comercialização do nosso trigo fica prejudicada”, explica o presidente da Comissão.

Para Susin, é fundamental além de tratar desta questão, buscar um tipo de cobrança de algum percentual na comercialização de farinha ou do trigo para que o grupo que trabalha com o grão tenha renda para subsidiar os gastos com a produção. “A questão do vinho no RS temos como exemplo em Caxias do Sul que tem a finalidade de promover o vinho do Estado no resto do Brasil e com isso conseguem estruturar a cadeia por meio da Ibravinho, por exemplo. O que buscamos é o mesmo com o trigo. Precisamos estruturar a cadeia para que tenhamos verbas para pesquisa, manejo e comercialização do grão. Ao invés de somente vendermos somente o trigo a outros estados, poderemos trabalhar na questão dos derivados, mas para isto precisamos de maior valorização e possibilidade de comércio na federação, tudo depende de uma construção mais detalhada e por isso estamos nos reunindo, para promover esta discussão e buscar apoio”, relata Susin. 

O ICMS do Rio Grande do Sul é o maior de toda a federação, o que prejudica a venda do grão para outros estados. “Queremos ainda baixar a alíquota de ICMS e saber até que ponto podemos chegar, solicitando ao governo do Estado, uma posição clara e efetiva que possa trazer maior retorno aos produtores”, conclui.

O encontro de hoje reunirá  o grupo de trabalho que representa a Câmara Setorial do Trigo:  Embrapa Trigo, Sindicato Rural de Passo Fundo, Acergs, Sinditrigo, Emater, Fecoagro, Cotrijal e  Farsul.

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