Produtores terão reunião com Funai hoje

Encontro está marcado para as 10h, mas produtores devem se reunir com antecedência para pressionar resolução

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A partir das 10h de hoje os representantes do Sindicato Rural de Passo Fundo estarão em reunião com o coordenador da Funai RS. Minutos antes do encontro, produtores prometem se reunir em frente ao prédio da Fundação para acompanhar a reunião. O objetivo dos produtores é pressionar contra a demarcação das terras indígenas.

Enquanto os produtores de Passo Fundo pressionam a Funai, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul/CUT) foi recebida pelos ministros da Justiça, Desenvolvimento Agrário e secretário geral da Presidência da República para tratar sobre o tema dos conflitos agrários que preocupam agricultores familiares de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A audiência foi marcada após o bloqueio da SC 283, RS 343 e da mobilização em frente ao Ministério da Justiça ocorridas nesta quarta-feira, 6.

Durante a reunião a Fetraf-Sul/CUT o governo federal apresentou algumas medidas que devem ser tomadas na próxima semana. A primeira delas é a suspensão da demarcação de terras no município de Sananduva – RS. “A demarcação estava prevista para acontecer no dia 11 de novembro, alguns agricultores já estavam deixando suas terras e nesta tarde o ministro solicitou a suspensão da ação. A Funai fará o pedido de suspensão da demarcação junto á justiça de Erechim ainda esta semana”, disse o coordenador geral da Fetraf-Sul/CUT, Rui Valença.
Novas rodadas de negociação acontecerão nos estados para analisar a situação de cada área demarcada como indígena. No Rio Grande do Sul a primeira reunião acontecerá no dia 13 de novembro em Porto Alegre com a presença do ministro José Eduardo Cardozo e em Santa Catarina as negociações devem iniciar após o dia 20 de novembro, ambas com a presença dos governos Estaduais.

A portaria que inclui outros órgãos do governo Federal, além da Funai, na análise dos processos e elaboração dos laudos de áreas indígenas deverá ser colocada em consulta pública em dez dias. Caso as medidas não sejam atendidas, novas mobilizações poderão acontecer em Santa Catarina e Rio Grande do Sul na próxima semana.

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