O quadro da agricultura tem se mostrado bastante otimista, tanto para quem plantou cultura de inverno, quanto para quem plantou e se prepara para plantar culturas de verão. De acordo com o engenheiro agrônomo de Emater Regional de Passo Fundo, Claudio Dóro, os agricultores têm feito a sua parte em relação ao plantio e colheita, mas o que contribui para que haja qualidade de produção é o clima, que vem se comportando como o esperado.
O plantio do milho na região está quase todo concluído. São quase 103 mil hectares dedicados para este cultivo, que está na fase de desenvolvimento vegetativo, aumentando o colmo e emitindo folhas novas. “Os agricultores estão fazendo os tratos culturais nele agora, ou seja, combatendo as pragas e aplicando nitrogênio cobertura”, explica.
Para combater as lagartas no milho, a Emater trabalha este ano com um programa biológico. Dóro explica que neste programa o Trichogramma SP, que é uma vespinha, está sendo usado no combate, pois é o inimigo natural da lagarta que ataca os cartuchos de milho. “Nós temos 52 unidades de combate biológico instalados em nossa região”, comenta. O engenheiro estabelece, portanto, que o potencial do milho está bom e bem desenvolvido.
Já o soja está com 50% da área plantada nos 520 mil hectares dedicados ao seu cultivo, da região de Passo Fundo, que comporta 40 municípios. O restante da plantação foi retomado ainda durante a tarde de terça-feira (12), depois de uma interrupção breve que ocorreu devido à chuva e deve se encerrar ainda no final deste mês. De acordo com o engenheiro agrônomo, a chuva ou a falta dela não prejudicou em nada as lavouras. “As lavouras estão excelentes, até porque muitos agricultores plantaram na semana passada, no período de seca, na expectativa que chovesse, e choveu, contribuindo para a germinação”, esclarece.
Já o trigo está no período de colheita, e esta safra deve marcar o ano positivamente. Foram colhidos 70% da produção e o restante deve continuar nesta semana, também devido à pausa motivada pela chuva. Em torno de 10 dias, a plantação deve estar completamente colhida. Conforme ele, esta safra deve ser histórica por sua produtividade e qualidade. “Fica em torno de 3 mil quilos por hectare a sua produtividade, o que dá em torno de 50 sacos de 60kg. Os produtores estão muito satisfeitos”, diz.
Outra cultura que está no final da colheita, é a cevada. A safra está praticamente toda colhida, atingindo 95%. “A produtividade e a qualidade dela também foram excelentes”, enfatiza. São em torno de 3.300 mil quilos por hectare produzidos, e quase toda ela pode ser aproveitada como cevada cervejeira. “O quadro hoje, na agricultura, é muito otimista. Não tem tristeza no campo”, conclui.