O funeral do ex-presidente sul-africano, Nelson Mandela, será no dia 15 de dezembro, anunciou ontem o atual chefe de Estado, Jacob Zuma. A Presidência da República informou que a presidenta Dilma Rousseff viajará ao país para acompanhar a cerimônia. Mandela será enterrado com honras de chefe de Estado. Diversos líderes mundiais são esperados para o funeral. No dia 10 de dezembro será realizada uma cerimônia nacional em memória do líder, no estádio de Soweto, em Johanesburgo. O corpo do ex-presidente ficará exposto na sede da Presidência em Pretória, entre os dias 11 e 13 de dezembro.
No dia, 15, Mandela será sepultado na Aldeia de Qunu, no Sul do país, onde foi criado. O presidente decretou luto nacional de uma semana, a começar no domingo (8). “Vamos todos trabalhar juntos para organizar cerimônias dignas desse filho excepcional do nosso país e pai da nossa jovem nação”, disse Zuma. Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul, entre 1994 e 1999. Ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1993, o ex-presidente morreu ontem (5), aos 95 anos, vítima de complicações respiratórias. A morte do líder foi anunciada pelo presidente do país, Jacob Zuma, pela televisão.
Desolação
A presidenta da Comissão da União Africana (UA), Nkosazana Dlamini Zuma, disse que a África está desolada com a morte do líder Nelson Mandela, um "herói pan-africano". Em nome da UA e do continente, a sul-africana Dlamini Zuma expressou pesar em comunicado pela morte de Mandela. "Madiba (nome do clã de Mandela e pelo qual é conhecido carinhosamente na África do Sul) simboliza o espírito do panafricanismo e a solidariedade na luta da humanidade contra o apartheid, a opressão e o colonialismo. A sua morte é uma grande perda para a família, para o nosso continente e para a própria humanidade", disse Dlamini Zuma.
A representante da União Africana lembrou que, em 1963, antes de Mandela ser preso por 27 anos, ele visitou diversos países africanos que apoiaram a luta do líder sul-africano. "Neste triste momento de dor, os nossos corações e pensamentos estão com a viúva, Graça Machel, a ex-mulher Winnie Madikizela-Mandela, filhos, netos e bisnetos e os povos da África do Sul e da África. Sentiremos sempre a falta de Tata (pai, no idioma zulu) Madiba Mandela", disse.
De acordo com ela, as bandeiras dos países-membros da UA ficarão a meio mastro pela morte de Mandela e um livro de condolências ficará aberto na sede da organização, na capital da Etiópia, Addis Abeba. A Comissão da UA vai criar um memorial em sua página na Internet para que os africanos possam enviar mensagens e condolências.
Luto
O Brasil terá sete dias de luto pela morte de Mandela, contados a partir desta sexta-feira (6).