Exemplos de geração de renda e sucessão familiar

Agricultores familiares de Planalto abriram propriedade para dia de campo e mostraram resultado do trabalho

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

A família Moravski reside na Linha Pinhalzinho, no município de Planalto, e tornou-se exemplo de geração de renda e sucessão familiar. Acompanhando a história dessa família, a equipe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar promoveu um Dia de Campo, com destaque à bovinocultura de leite, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Secretaria Municipal da Agricultura, Cooper A1 e Laticínios Frizzo. O objetivo da atividade, que reuniu mais de 50 participantes, entre agricultores do município e alunos da Casa Familiar Rural de Alpestre, foi demonstrar que a produção leiteira pode gerar renda para toda a família e proporcionar mais qualidade de vida.

O Dia de Campo foi organizado em quatro estações. Na primeira estação, o médico veterinário da Laticínios Frizzo, Leonardo Sperandio, apresentou a sala de ordenha da propriedade e como deve ser realizada a higienização da área. A segunda estação foi no espaço onde a família possui uma agroindústria de queijos. O assistente técnico regional em agroindústria da Emater, Gaspar Scheid, apontou alguns aspectos importantes para aqueles que têm interesse em trabalhar com agroindústria. Para ele, pensar em agroindustrializar uma produção é buscar o avanço. Mesmo com os desafios enfrentados para conseguir a legalização, o retorno financeiro é significativo.

A propriedade da família Moravski tem uma área de 27 hectares. Com 20 animais, a produção leiteira mensal chega a 200 litros, que são transformados em aproximadamente 24 kg de queijo. A agroindústria está cadastrada no Programa Estadual da Agroindústria Familiar, da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e está em fase de legalização. De acordo com a agricultora, Salete Moravski, um dos objetivos, após a legalização, é conquistar o selo Sabor Gaúcho.

Há 10 anos, Salete participou de um dia de campo e, a partir daquele momento, foi despertado na agricultora o interesse pela transformação do leite em queijo. Foi um longo caminho percorrido até conseguir essa realização. A equipe da Emater, há três anos acompanha a família e orienta quanto ao processo de legalização da agroindústria. Segundo a chefe do escritório municipal, Edimara Dal Ross, as mudanças realizadas na propriedade nesse período foram muito expressivas.

Hoje, Salete produz conforme a demanda, mas a partir da legalização a agricultora pensa em diversificar a produção, através do aproveitamento do soro obtido do queijo, transformando-o em bebida láctea, além da produção de queijo ricota e iogurte. Essa nova possibilidade aumentará significativamente a rentabilidade da agroindústria. A produção leiteira e a transformação da matéria-prima tornou-se uma realidade que está possibilitando a sucessão para esta família. Os três filhos de Roque e Salete, hoje, moram e trabalham na propriedade.

A terceira estação do Dia de Campo tratou sobre o manejo pré-parto e criação da terneira. A implantação e manejo de pastagens foram temas apresentados pelo técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar, Vilmar José Franzen, na quarta estação. Na parte da tarde, foi realizada a demonstração de máquinas de fenação e irrigação. Nesta sexta-feira, a Emater lança, em Frederico Westphalen a programação do Ano Internacional da Agricultura Familiar, que será comemorado em 2014.

Gostou? Compartilhe