A alta luminosidade e o calor favorecem o desempenho das culturas de verão, como o arroz, o feijão, que tem as primeiras lavouras colhidas, apresentando bom rendimento e produto de boa qualidade, e a soja, cujas primeiras lavouras entram na fase de floração. Já o milho, a situação é mais severa nas áreas implantadas mais tardiamente, onde a falta de umidade, aliada às altas temperaturas, faz com que as plantações sequem suas folhas até a altura das espigas. De acordo com o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, a consequência dessa situação poderá ser a redução significativa no rendimento de lavouras nas áreas afetadas. Na região Noroeste, as condições climáticas ocorridas até a metade de dezembro garantem boa expectativa de rendimento para o milho plantado no cedo.
A cultura da soja encontra-se ainda com bom aspecto fitossanitário. Até o momento a falta de chuvas não compromete a produtividade da lavoura, embora haja atraso no crescimento das plantas em algumas regiões. O déficit hídrico poderá afetar o rendimento da cultura se a situação não melhorar.
Há preocupação com a lagarta Helicoverpa armigera, depois que foram confirmados alguns focos em diferentes regiões, e muitos agricultores fizeram aplicações de inseticidas. Também são registrados alguns focos localizados de Diabrotica speciosa e lesmas, mas sem grandes danos em função do controle. No Noroeste, a infestação por buva (Conyza bonariensis) é bastante séria em diversas lavouras. Alguns agricultores estão voltando a fazer capina manual em áreas pequenas. Em áreas maiores, alguns recorreram ao uso da grade antes do plantio da soja, o que causou compactação do solo e, como consequência de uma chuva muito intensa ocorrida no início de dezembro, acabou provocando erosão bastante significativa nestas áreas.
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