O funeral do ex-primeiro-ministro de Israel Ariel Sharon, que morreu ontem, aos 85 anos, em Tel Aviv, será segunda-feira (13), em uma cerimôia privada, em uma quinta no Sul do país, onde foi sepultada sua mulher, Lili Sharon. Segundo o Canal 1 da televisão israelense, o corpo de Sharon ficará exposto neste domingo (12), na Praça do Parlamento, em Jerusalém, para que a população possa homenageá-lo. Situada ao sul da Faixa de Gaza, a quinta foi o centro da vida privada e política do ex-premiê, que ali tomou as decisões mais difíceis como governante.
Segunda-feira de manhã, será celebrado neste local um ato oficial de homenagem a Sharon com a presença de líderes políticos nacionais e estrangeiros, entre eles, o representante do governo dos Estados Unidos, vice-presidente Joe Biden, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, e o enviado especial do Quarteto do Oriente Médio, o ex-premiê britânico Tony Blair. O quarteto é formado pelos Estados Unidos, pela Federação Russa, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela União Europeia. “Arik” (diminutivo de Ariel) Sharon ficará na história como o artífice da invasão do Líbano em 1982, quando era ministro da Defesa, mas também como o chefe do governo israelense que evacuou tropas e colonos da Faixa de Gaza em 2005.
Uma comissão oficial de inquérito concluiu a sua responsabilidade por não ter prevenido nem impedido os massacres nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, na capital libanesa, Beirute, em setembro de 1982, cometidos por uma milícia cristã aliada de Israel. Forçado a demitir-se, tornou-se, no entanto, primeiro-ministro em 2001 e foi reeleito em 2003. Em coma desde 4 de janeiro de 2006, Sharon estava internado no Hospital Tel Hashomer, perto de Tel Aviv e teve seu estado agravado no primeiro dia deste ano, quando apresentou problemas renais após uma cirurgia