Transplantes de órgãos aumentam no Brasil, mas Passo Fundo tem queda

Diminuição no número de transplantes no ano de 2013 em relação a 2012 é superior a 30%

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Enquanto o Brasil e o Rio Grande do Sul registraram aumento no número de transplantes de órgãos realizados durante o ano de 2013, Passo Fundo registrou uma queda de mais de 30%. Os motivos para essa diminuição são vários, entre eles o preconceito de familiares de pessoas que teriam condições de doar órgãos após falecerem. As informações foram apresentadas pelo Chefe do Serviço de Transplantes de Fígado do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), Paulo Reichert, durante uma entrevista especial à UPFTV.

Durante o ano de 2013 foram realizados no HSVP 161 transplantes. Em 2012 o Hospital havia realizado 232. Conforme Reichert um dos principais fatores que impede uma família de liberar órgãos de um familiar falecido para a doação é cultural. “Se a pessoa disse que não quer doar as famílias respeitam, mas a maioria não sabia”, relatou em relação a famílias que negaram o procedimento. “Existe ainda preconceito de que os órgãos vão para ricos. A fila é muito bem controlada nesse sentido. É muito rígido o controle de doações. Seria melhor a vida no país se tivéssemos tanta credibilidade em outros setores, quanto temos nos transplantes”, garante. Segundo o médico, em 2013, 27 famílias de pacientes com morte encefálica diagnosticada foram procuradas para autorizar a doação dos órgãos. Apenas um terço permitiu que o procedimento fosse realizado.

Quem pode doar?

O site do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde elenca uma série de dúvidas frequentes sobre a doação de órgãos. Confira algumas delas:

Como faço para ser um doador?
O passo principal para se tornar um doador é conversar com a família e deixar bem claro o desejo. Não é necessário deixar nada por escrito. Porém os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte. A doação de órgãos é um ato pelo qual se manifesta a vontade de que, a partir do momento da constatação da morte encefálica, uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas. A doação de órgãos só acontece após autorização familiar.

Quem recebe os órgãos e tecidos doados?
Quando é reconhecido um doador efetivo, a central de transplantes é comunicada, pois apenas ela tem acesso aos cadastros técnicos com informações de quem está na fila esperando um órgão. Além da ordem da lista, a escolha do receptor será definida pelos exames de compatibilidade entre o doador e o receptor. Por isso, nem sempre o primeiro da fila é o próximo a receber o órgão.

Quais órgãos e tecidos que podem ser obtidos de um doador falecido?
Coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, veias, ossos e tendões. Portanto, um único doador pode salvar inúmeras vidas. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico, como qualquer outra cirurgia.

Quem pode ser um doador vivo?
Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes só com autorização judicial.

 

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