Material escolar está mais caro

Em uma simples caneta quase 50% do valor pago é referente a carga tributária que incide sobre o produto

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Opção por produtos que não tenham estampas de personagens da moda pode reduzir consideravelmente valor na lista de comprasOpção por produtos que não tenham estampas de personagens da moda pode reduzir consideravelmente valor na lista de compras
Opção por produtos que não tenham estampas de personagens da moda pode reduzir consideravelmente valor na lista de compras
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Os valores pagos pelos materiais escolares neste ano tiveram aumento de aproximadamente 10% em boa parte dos itens em relação ao ano passado. Os motivos principais são a alta no preço dos derivados de papel e do Dólar. Além disso, as altas cargas tributárias incidentes sobre esses produtos colaboram para que os preços sejam elevados. No momento da compra, a escolha dos produtos pode representar uma boa economia.

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT)divulgado pela Agência Brasil mostra que a carga tributária responde por 47,49% do preço de uma caneta, por exemplo. No caso de uma régua, a taxa chega a 44,65%, e de um lápis, a 34,99%. A associação acredita que uma redução do PIS e da Cofins e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) poderia significar queda de 10%.

Em 2013, o dólar subiu pouco mais de 15% em relação ao real, encarecendo os produtos importados. Já o papel, segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), aumentou em torno de 12%. Somado a esse cenário, a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) aponta a alta cobrança de tributos, que pode chegar a 47% do preço final.
De acordo com a gerente do atacado Migliorini de Passo Fundo Deise Migliorini de Moura pode se perceber um aumento médio no valor dos produtos entre 5 e 10%, com exceção dos importados que tiveram aumento superior a 10%. Segundo ela, como e empresa estava acompanhando o comportamento do mercado, ainda no ano passado foram feitas negociações para garantir preços menores aos consumidores nesta época.

Entre os produtos que tiveram maior aumento, os cadernos e os demais derivados do papel. “O valor já vinha aumentando no ano passado e acreditamos que a tendência seja continuar num crescente”, observa. Mesmo assim as compras têm se mantido equivalentes ao ano anterior. Neste ano as pessoas se anteciparam para comprar destaca Deise.

Ainda segundo a atacadista o valor das listas pode variar em até 200% dependendo da escolha dos produtos. Isso se deve, principalmente, a escolha de produtos relacionados a personagens famosos que geralmente são mais caros. Em uma simulação feita na empresa uma lista de materiais com produtos sem personagens famosos custou aproximadamente R$ 60. No caso da escolha por produtos com os personagens o valor subiu para R$ 180 com os mesmos itens. Além disso, se observa que quando os pais vão sozinhos às compras os valores gastos são menores.

Dicas
Pesquise preços em diversos pontos de venda. É aconselhável não levar os filhos às compras. Isso evita pressões pela aquisição de produtos da moda.

Antes de comprar, verifique quais produtos sobraram do ano anterior e que estejam em bom estado para reaproveitamento.

A escola não pode exigir a compra de produtos de uma determinada marca ou local específico, nem de materiais de uso coletivo como sabonetes, papel higiênico, grampos e clipes.

Avalie a qualidade dos produtos, o preço e as condições de pagamento.

Exija sempre a nota fiscal. Tíquete do caixa ou cupom do ponto de venda, fundamentais de houver necessidade de troca.

No caso de mochilas, escolha modelos leves e com duas alças para que o peso seja melhor distribuído nos ombros.

As alças devem ser acolchoadas e reguláveis. Na altura da barriga deve ter um cinto ajustável para evitar que a mochila balance.

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