Sem dificuldade de controle, níveis populacionais não elevados e com aval de instituições de pesquisa, ensino, extensão rural, entidades de produtores e órgãos oficiais de defesa agropecuária, a Secretaria da Agricultura não encontrou razões para decretar situação de emergência fitossanitária depois do aparecimento da lagarta Helicoverpa armigera nas lavouras de soja. A opinião também é compartilhada pela Superintendência do Ministério da Agricultura no RS.
Se o cenário mudar no decorrer do desenvolvimento da cultura e exigir outro posicionamento, a Seapa tomará nova decisão técnica, sempre na tentativa de resguardar o produtor rural e buscando garantir a produção, a renda, a saúde e o equilíbrio ambiental. Desde a primeira vez que a lagarta foi confirmada no Estado, fiscais da Seapa, junto ao Mapa, Embrapa, Emater e outras instituições, trabalham no monitoramento, dispersão, gravidade de ataques e níveis de danos da praga.
Por meio de armadilhas de feromônio espalhadas por diversas regiões, estão em alerta. Em contato com instituições e profissionais da área, fazem inspeções semanais. A utilização, quando necessária, de produtos registrados no Mapa tem apresentado nível satisfatório no combate à lagarta, favorecendo a manutenção de inimigos naturais. Ao contrário de outros estados que decretaram situação de emergência, o RS tem condições climáticas e de cultivo diferenciados, o que pode levar a um comportamento distinto da praga em relação a essas regiões. Nesses locais, há maior pânico por parte dos produtores. Preocupados, muitas vezes chegam a usar agrotóxicos indiscriminadamente, sem observar danos econômicos mostrados por pesquisas.