Um dia especial para um grupo de irmãs de Notre Dame. Reunidas na Casa Santa Cruz, em Passo Fundo, um grupo de 15 religiosas celebrou a festa da perseverança. Jubilantes com 25, 50, 60, 65 e 70 anos de Vida Religiosa na Congregação receberam homenagem de suas coirmãs e puderam agradecer o dom da vocação e a perseverança. A festa iniciou com uma Celebração Eucarística na Capela da Casa Santa Cruz e continuou com um momento especial de homenagens das mais diferentes comunidades das Irmãs, terminando com o almoço festivo. Irmã Araci Ludwig, superiora provincial, agradeceu pessoalmente cada irmã de Nossa Senhora – Notre Dame, pela dedicação, perseverança, doação, alegria e especialmente por fazer parte da Congregação.
Uma das jubilantes, celebrando jubileu de Ouro (50 anos de Vida Religiosa), é a Irmã Alcídia Guareschi. Natural de Colorado – RS, formada em Biologia pela UPF, proveniente de uma família de 10 irmãos (cinco mulheres e cinco homens), a Religiosa é irmã do padre Alcides Guareschi. Os demais irmãos, oito, constituíram família. Destes 50 anos de vida consagrada, Irmão Alcídia, tem 42 anos ligados à direção e administração no Brasil e fora dele. São 15 anos como superiora provincial, 12 anos ligados à Conferência Nacional e Regional dos Religiosos do Brasil, e os demais anos como Conselheira Provincial e responsável por formação. Atualmente, é vice-superiora Geral da Congregação e trabalha em Roma, junto ao Governo Geral, com a missão especial de acompanhar a formação das jovens que ingressam na Vida Religiosa, tarefa que julga ser a mais desafiadora destes anos de consagração.
Ao ser interpelada sobre os caminhos da Vida Religiosa e o seu futuro, Irmã Alcídia é taxativa: “A Vida Religiosa não terminará, não cessará e jamais vai desaparecer. O movimento histórico mostra isto. No passado a Europa lotava seus conventos, após, foi a vez da América ter abundância em vocações. Hoje, ao analisarmos pelas nossas próprias casas de formação, veremos que a Ásia, Fillipinas em especial, começa a gerar novas e fecundas vocações. Neste mesmo caminho, embora ainda embrionário, está a África”, exemplificou.
Irmã Alcídia e outras cinco irmãs, que com ela celebravam Jubileu de Ouro, conviveram mais diretamente com as mudanças provocadas pelo Concílio Vaticano II que conclamou a Igreja Católica a abrir as portas e deixar entrar os ares da renovação. Em 1964, quando professaram seus primeiros votos, o movimento era parecido com o de hoje e que tem diariamente a convocação do Papa Francisco, para que as irmãs, padres e demais consagrados saiam ao encontro das pessoas. “Esta Igreja Missionária é o que tem encantado os jovens, em especial. Somos convocadas diariamente a irmos ao encontro, nestes 19 países que estamos presentes, daqueles que precisam de nós, seja de uma palavra amiga, seja de orientação, de formação e de um testemunho de que é possível ter realização pessoal e ser feliz, vivendo os valores evangélicos”, acredita.
Por fim, Ir. Alcídia Guareschi diz sentir-se feliz em poder aprender, partilhar e contribuir com a Congregação nesta missão de estar conectada com cada irmã dos 19 países nos quais a Congregação tem presença com comunidades religiosas. “Aprendi que o brasileiro, com sua diversidade cultural e sua devoção, tem muito a ensinar ao mundo. Somos acolhedores, fraternos e testemunhos da vivência de valores humanos. Não encontramos isto em todos os países. Sinto-me privilegiada em ser a portadora desta mensagem”, conclui.