A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) anunciou no início desta semana que as rodovias gaúchas não ficarão sem atendimento de ambulâncias em casos de acidentes. Com o fechamento de diversas praças de pedágio, este serviço de assistência, que antes era prestado pelas concessionárias, será feito pelas ambulâncias do Samu e do Corpo de Bombeiros. Para alinhar os procedimentos a Secretaria Municipal de Saúde, as Polícias Rodoviárias Estadual e Federal e o Samu tiveram uma reunião na tarde de ontem (15). Com isso, a partir de agora, todo o atendimento nas rodovias que ficam dentro do limite do município serão atendidas pelo Samu com apoio da ambulância do Corpo de Bombeiros, nos casos em que houver necessidade.
Essa medida está sendo tomada em todas as cidades gaúchas que antes tinham praças de pedágio concedidas a empresas. Com o retorno da administração dessas estradas para o governo do estado, criou-se a necessidade de definir uma nova cobertura de ambulâncias, uma vez que antes, as concessionárias que eram obrigadas a prestar este primeiro atendimento. Em entrevista coletiva realizada na segunda-feira (13), em Porto Alegre, o presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, afirmou que a prestação desse serviço será feita através de um convênio já assinado entre Samu e Corpo de Bombeiros. Além disso, Bertotto anunciou o investimento de R$ 200 milhões na recuperação das estradas gaúchas durante 2014.
Como vai funcionar
Na prática, segundo a Polícia Rodoviária Federal, não haverá uma grande mudança no atendimento às vítimas de acidentes nas rodovias de Passo Fundo, uma vez que tanto o Samu quanto o Corpo de Bombeiros já davam apoio nesses atendimentos. “Na verdade, quem vai fazer a regulação dessa necessidade são as Polícias Rodoviárias, que ao identificarem a necessidade do Samu ou Corpo de Bombeiros, acionarão os serviços” explica o secretário municipal de Saúde, Luiz Artur Rosa Filho.
Em média, a secretaria e as polícias estimam que vá haver de quatro a cinco acionamentos de ambulâncias por mês para as estradas, o que não comprometeria o atendimento dentro da cidade. “Não imaginamos que vá ter um impacto tão grande no atendimento dentro da cidade. Claro que, eventualmente, pode começar a acontecer isso, e então essa parceria poderá ser revista”, esclarece o secretário. Para garantir um bom atendimento, a ideia é fazer uma integração entre as Polícias Rodoviárias, Corpo de Bombeiros e Samu. “Essas ambulâncias sairão para a estrada em caso de necessidade. A Polícia Rodoviária é que vai acionar os dois, ou só um, o que quer dizer que a cidade dificilmente vai ficar descoberta”, assegura.
