As condições climáticas das últimas semanas estão favoráveis para o desenvolvimento da ferrugem asiática nas lavouras de soja. Focos da doença já foram identificados na região e deixam agricultores em alerta para o problema. A doutora em Agronomia e professora da UPF Carolina Deuner orienta aos produtores estarem atentos para os primeiros sintomas da doença e mesmo para a aplicação preventiva dos defensivos.
A pesquisadora atua no Consórcio Antiferrugem Asiática mantido pela UPF, Embrapa e UFRGS que mapeia as ocorrências da doença a cada safra. Segundo ela, hoje os agricultores já conhecem a doença e estão cientes de como devem proceder com os tratamentos. Isso diminuiu o número de casos registrados, o que não significa que a doença não esteja presente nas lavouras. As condições climáticas nesse momento são ideais para o desenvolvimento da doença e focos já foram registrados na região.
As previsões climáticas também mostram que as condições para o surgimento da doença devem permanecer. “Como o produtor já se conscientizou que precisa fazer a aplicação de fungicida preventiva para ferrugem ele não fica esperando.
Quando as plantas estão no estádio V4 e V6, com quatro a seis folhas, o produtor entra com os equipamentos no campo e faz a aplicação do fungicida”, observa. Geralmente durante uma safra podem ser feitas até quatro aplicações de defensivos entre as de prevenção e de controle.
Sintomas da doença
De acordo com informações disponíveis no site do Consórcio Antiferrugem os sintomas causados pela ferrugem asiática se iniciam nas folhas inferiores da planta e são caracterizados por minúsculos pontos (1-2 mm de diâmetro), mais escuros do que o tecido sadio da folha, com coloração esverdeada a cinza-esverdeada. Essas lesões provenientes da fase inicial da infecção não são facilmente visíveis a olho nu, sendo necessário posicionar a folha contra um fundo claro ou utilizar uma lupa de 20 a 30 aumentos. Correspondente aos minúsculos pontos iniciais, observa-se, na parte de baixo das folhas, a formação de urédias (estruturas de reprodução do fungo), que se apresentam como pequenas saliências na lesão.
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