O calor da estação que foi benéfico para boa parte das frutas, tem sido um problema para os produtores de alface. A cultura, que prefere temperaturas mais frias, apresenta queda na produção de até 70% conforme dados da Emater Regional de Passo Fundo. Mesmo onde há irrigação, o calor faz com que as plantas apresentem pouco desenvolvimento de folhas e lancem o pendão reprodutivo antes do período adequado. Com isso as unidades da folhosa não podem ser comercializadas ou apresentam tamanho cerca de 75% inferior às cultivadas em períodos normais.
Na propriedade de Daniel Rosso, em São Roque, as perdas se estendem para outras hortaliças como a beterraba e o brócolis. Segundo ele, as alfaces que antes alcançavam peso de até um quilo em 35 dias agora não apresentam nem 25% desse peso em função do calor. Na propriedade há sistema de irrigação, mas o problema é o calor. Quando irrigada nessas condições, as folhas mais baixas ficam danificadas e mesmo assim a planta não se desenvolve satisfatoriamente. Na beterraba o calor também interfere no crescimento e no brócolis não há formação da cabeça que é a parte comercial.
O engenheiro agrônomo da Emater Regional Ivan Guarienti explica que a diminuição de produção da alface chega a 70%. Com o calor excessivo as plantas paralisam o crescimento e entram em fase reprodutiva antecipadamente e não podem mais ser vendidas. Segundo ele, a situação é ainda pior nas plantações em estufas, devido ao aumento do calor.
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