Os gastos com livros didáticos no início do ano assustam os pais de alunos de escolas particulares. O material que auxilia no desenvolvimento das atividades durante o ano letivo, muitas vezes fica sem utilidade quando o período acaba. Para os pais resta a dúvida do que fazer com o material que valia tanto no início do ano e que com o término das aulas ocupa espaço e já não tem tanta serventia. Algumas escolas de Passo Fundo estimulam os pais a venderem o material entre si, mas nem tudo é possível de ser reutilizado de um ano para o outro. No final fica a dúvida: guardar, doar, vender ou reciclar?
A educadora física Gislaine Caimi Guedes tem dois filhos que estudam em escola particular. Neste ano os gastos com os livros didáticos dos irmãos Gabriel e Gustavo Guedes, 11 e sete anos respectivamente, chegaram a quase R$ 2 mil, sem contar os materiais escolares. Dos livros comprados no ano passado a maioria permanece ocupando espaço em casa e ela não sabe o que fazer. “`É um problema porque conforme passam os anos o volume de livros vai aumentando e a gente não tem mais onde guardar. Você gasta e a gente tem pena de jogar fora porque tem informação e achamos um desperdício colocar no lixo então acabamos guardando”, conta. Ela relata ainda que há dificuldade para doar para bibliotecas ou escolas públicas, por exemplo.
Mesmo com a possibilidade de vender os livros para os pais dos alunos do ano anterior que progrediram de série há dificuldades. Gislaine conta que a bibliografia é atualizada todos os anos e muitos livros mudam, o que impede o reaproveitamento dos materiais. Com os dois filhos já são mais de 20 livros que se acumulam e o volume vai aumentar neste ano.
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