A morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, atingido durante manifestação na sexta-feira (7), no centro da capital fluminense, repercutiu na imprensa internacional. Veículos do Reino Unido, da Espanha e da Argentina relataram que a morte do cinegrafista causou indignação e levou sindicatos e entidades de classe a aumentar a pressão por mais segurança no trabalho dos jornalistas no Brasil.
A emissora pública britânica BBC destacou que a agressão levou a muitas reações furiosas da opinião pública contra os manifestantes, acusados de terem causado o acidente. O veículo ressaltou que associações de jornalistas divulgaram notas pedindo melhores condições de trabalho para os profissionais de mídia que cobrem protestos. A BBC lembrou que as manifestações começaram no ano passado contra a corrupção e os gastos excessivos para a Copa do Mundo.
O jornal espanhol El País diz que a morte de Santiago despertou reações pelo aumento da segurança para a Copa do Mundo e para jornalistas que cobrem as manifestações. Para a Copa, relata o jornal, já estão convocados pelo menos cem mil servidores da área de segurança pública e da defesa civil, entre policiais militares e civis, rodoviários e federais, além de bombeiros.
A agência de notícias argentina Télam menciona que continuam as buscas pelo suspeito de acender o artefato explosivo que matou o cinegrafista e que o tatuador Fábio Raposo, que confessou ter repassado o explosivo, já está preso. A Télam também informou que 117 jornalistas sofreram agressões ou hostilidades desde junho passado, quando começou uma onda de protestos populares em todo o país, segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
Agência Brasil