Quatro dos cinco acusados na Operação Carmelina pagaram, nesta segunda-feira, à Justiça as fianças estipuladas pelo juiz Orlando Faccini Neto. O advogado Mauricio Dal Agnol, apontado como líder do esquema, permanece foragido. Segundo reportagem da Rede Globo, exibida no Jornal Nacional, há suspeitas de que ele está fora do país, já que teria sido visto com a família na semana passada em seu apartamento em Nova York. O imóvel, que ocupa o 15º andar inteiro do prédio, foi adquirido em setembro do ano passado por US$ 5,8 milhões. Ao contrário dos demais suspeitos de integrar a quadrilha, Dal Agnol não pode pagar fiança, tem a prisão preventiva decretada e é procurado pela Interpol.
Segundo a 3ª Vara Criminal do Fórum de Passo Fundo, o advogado Ricardo de Oliveira Filho, que representa a esposa do advogado Maurício Dal Agnol, Márcia Fátima da Silva Dal Agnol, pagou a fiança no valor de R$ 724 mil. Oliveira Filho, que possui escritório de advocacia em Porto Alegre, compareceu pessoalmente ao Fórum de Passo Fundo. Márcia ainda não foi notificada oficialmente, pois estaria fora do país com o marido. Nesta terça-feira, se a ré não se apresentar à Justiça, a Juíza titular da 3ª Vara Criminal Ana Cristina poderá pedir a prisão preventiva dela, já que segundo a sentença arbitrada, ela é obrigada a entregar o passaporte e se apresentar todas às segundas e sextas-feiras à Justiça, o que até o fechamento desta edição, ela não teria cumprido.
Durante a Operação Carmelina, realizada na última sexta-feira (21), apenas Celi, Cervi e Belle foram notificados oficialmente pela Justiça. Nenhum deles foi preso, mas sentença arbitrada pelo juiz Orlando Faccini, estabeleceu um prazo de 72 horas para se apresentarem no Fórum, pagar a fiança de R$ 144,8 mil e entregarem o passaporte. Segundo o promotor do Ministério Público Estadual, Marcelo Pires, o prazo para todos os envolvidos para pagamento de fiança e entrega do passaporte encerrou na noite desta segunda-feira. À tarde, Celi Acemira Lemos, que é acusada de ser responsável por aliciar clientes para outorgarem procurações aos advogados da associação criminosa, pagou a fiança no valor de R$ 144,8 mil.
O advogado Pablo Geovani Cervi, que teve o pedido negado de redução da pena ou substituição da mesma por um imóvel no último sábado (22), também cumpriu com o pagamento da pena arbitrada no mesmo valor. Ele deve se apresentar semanalmente no Fórum de Bento Gonçalves, onde mantém residência. O contador Vilson Belle, também depositou os R$ 144,8 mil dentro prazo previsto. O pagamento de fiança substituiu a prisão preventiva dos investigados.
