Unicef alerta para risco de 2 mil crianças sírias refugiadas morrerem de fome

Agência da ONU alertou para a iminência de uma crise de desnutrição

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Funcionário do Crescente Vermelho retira crianças de um campo de refugiados palestinos na SíriaFuncionário do Crescente Vermelho retira crianças de um campo de refugiados palestinos na Síria
Funcionário do Crescente Vermelho retira crianças de um campo de refugiados palestinos na Síria
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Cerca de 2 mil crianças sírias refugiadas no Líbano correm risco de morrer de fome se não receberem auxílio imediato, informou hoje (25) o Fundo das Agência das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A agência da ONU alertou para a iminência de uma crise de desnutrição. “A desnutrição é uma ameaça nova e silenciosa entre os refugiados no Líbano”, disse a representante da Unicef na capital libanesa, Beirute, Annamaria Laurini.

De acordo com ela, o problema está relacionado com a falta de higiene, de água potável, de medidas de imunização eficazes e práticas de alimentação apropriadas para crianças. Aproximadamente 1 milhão de refugiados sírios, incluindo 2 mil crianças, estão refugiados no Líbano.

Com uma população de 4 milhões de pessoas, o Líbano tem visto seus já limitados recursos levados ao limite pelo afluxo de refugiados. Um estudo feito pelo Unicef em outubro e novembro do ano passado mostrou que cerca de 2 mil crianças correm risco de morte e necessitam de tratamento imediato para sobreviver.

Segundo o estudo, as regiões mais afetadas estão no Leste do país, onde os casos de  desnutrição severa duplicaram nos últimos dois anos. O documento também alertou para a chegada de mais refugiados e para o aumento do preço dos alimentos, que poderia deteriorar ainda mais a situação.

De acordo com o representante do Unicef para Saúde e Nutrição, Zeroual Azzedine, crianças com menos de 5 anos são as mais vulneráveis à desnutrição, particularmente aquelas que vivem em condições difíceis nos campos. “A criança que sofre de desnutrição não tem apetite, não quer comer, porque a desnutrição começa por afetar o cérebro. Mesmo que a criança esteja rindo e brincando, a desnutrição a afeta de forma silenciosa”, explicou Azzedine.

 

Agência Brasil

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