Esgoto resultante do FAR Planaltina é escoado dentro de um córrego e torna o odor insuportável para os moradores e vizinhos. O problema afeta há meses os vizinhos que circundam o condomínio. Primeiro, no início de dezembro, o rompimento da tubulação, que realiza o escoamento do esgoto levava os dejetos diretamente para o pátio das casas que ficam nos fundos do FAR. Para evitar o acúmulo dos desejos, no pátio das residências, os próprios moradores cavaram valetas para impedir que os dejetos continuassem se acumulando. A Dona de Casa Marlene Sirino conta que o esgoto se acumulava no pátio dos fundos, bem abaixo do balanço, no qual seu neto brincava. A casa dela não possui muro, apenas um cercado de tela, por isso, o esgoto que descia por uma encosta não encontrava obstáculo e se acumulava no pátio da casa. Segundo ela, o odor, principalmente nos dias quentes, era insuportável. Andréia Rubik, moradora do local também conta os problemas que teve com o rompimento da tubulação. Ela disse que os dejetos não entraram no pátio da sua casa, já que possui um muro, que serviu como barreira de contenção para impedir o avanço dos resíduos. Segundo ela, o problema durou cerca de uma semana, mas o cheiro era insuportável.
O cano rompido foi consertado pela construtora do Par. Porém, o problema apenas foi desviado. Desde então, o esgoto está sendo despejado diretamente no córrego que passa entre as casas das Ruas Lino Schel, Jaú e do FAR. Com isso, o mau cheiro continua um problema que atormenta o cotidiano dos moradores. Marlene afirma que, nos períodos como início da manhã, meio-dia e final da tarde o odor se intensifica. “Acho que o cheiro fica pior no final da tarde por ser o horário que as pessoas chegam em casa e começam a tomar banho, lavar roupas e mexer na cozinha”. Já Andréia diz que não consegue mais receber visitas na sua casa. “Eu sinto vergonha. É um cheiro insuportável e como vou explicar para as visitas que é do esgoto despejado no córrego? É constrangedor”. Marlene, ainda explica que na casa dela o cheiro não é pior, por que há quase 20 anos, ela e outros moradores compraram os materiais necessários para canalizar a água do córrego. A intenção dos moradores, na época, era inibir que possíveis animais e insetos, por exemplo, pudessem entrar nas residências, já que a distância entre as casas e o córrego é pequena. Apenas alguns moradores fizeram isso. “Nós compramos o material e a prefeitura cedeu o serviço. Assim, toda a água, que passa atrás das nossas casas foi canalizada e, isso, evita que o cheiro seja mais forte”.
A situação, além de ser um grande problema de saneamento, impacta diretamente em uma área de Preservação Ambiental. Observando esse aspecto e o problema relacionado ao mau cheiro enfrentado pelos moradores, o vereador Patric Cavalcanti (DEM) abriu um processo administrativo junto ao Ministério Público para tentar resolver o problema. Agora o Promotor Paulo Cirne, deverá notificar a Administração Municipal e a Caixa Econômica Federal. Os moradores também recorreram ao Ministério Público, mas não obtiveram respostas.
Cheiro insuportável
· 2 min de leitura