As famílias que desde outubro de 2012 ocupam uma área no bairro Leonardo Ilha precisam deixar o local até a próxima segunda-feira (24), pois no dia 25, terça-feira, a área precisa ser entregue. Para alocar estas famílias, a prefeitura desapropriou uma área no Parque do Sol e comprometeu-se com a infraestrutura do local. As cerca de 140 famílias irão adquirir os terremos por valores mais acessíveis e com facilidade de pagamento e terão que construir suas casas. Entretanto, os serviços no Parque do Sol não foram totalmente finalizados. Por isso, na tarde de ontem (20) os ocupantes estiveram na Secretaria Municipal de Habitação para assinar um termo de compromisso em que se comprometem a sair da área ocupada e tomar posse no Parque do Sol da forma como ele está.
Segundo o secretário municipal de Habitação, João Campos, a rede de água já está pronta, mas ainda falta finalizar a rede de luz, porém os postos já estão colocados e os trabalhos foram intensificados para poder finalizar no menor tempo possível. “Dadas as circunstâncias que o momento nos traz, de terem que deixar a área, e nós, como poder público, disponibilizamos a nova área, mas ainda faltam algumas obras de infraestrutura, as famílias estão assinando um termo em que se responsabilizam em deixar a área ocupada e passar para a outra nas condições em que se encontra até que seja efetivada toda a infraestrutura que já está em andamento”, salienta o secretário.
Na manhã de hoje, as famílias recebem a posse dos lotes no Parque do Sol e já podem dar início à construção de suas casas. De acordo com Campos, a maioria já desmanchou as moradias construídas na área ocupada e se prepara para dar início às obras nos lotes do Parque do Sol.
Esperando pela mudança
Uma das famílias que assinou o termo de compromisso é a do senhor Luiz Blademir Rodrigues, de 48 anos, que ontem esperava ansioso pela disponibilização do seu lote. Além dele, outros dois filhos irão compartilhar da casa. “Vou comprar umas madeiras e começar a construir”, comenta ele, que trabalha com construção civil. Conforme seu Luiz, ele e outros vizinhos já combinaram de se ajudarem na construção das casas, fazendo uma espécie de mutirão.
Antes de ir para a ocupação, ele e os filhos alugavam uma casa no bairro Victor Issler, mas não tinham mais condições de pagar pelo aluguel, por isso optaram por se juntar ao grupo que foi para o bairro Leonardo Ilha. Na fila ontem, à espera por assinar o termo de compromisso, seu Luiz estava com toda a documentação em mãos e em dia e se disse bastante satisfeito com o desfecho da situação.