O governo chileno confirmou nesta quarta-feira (2) que cinco pessoas morreram no terremoto que sacudiu o Norte do Chile na noite dessa terça-feira (1º). O terremoto, de magnitude 8,3 na escala Richter, atingiu a área próxima à cidade de Iquique - principal porto mineiro e exportador -, provocando ondas de 1,8 metro de altura. O terremoto foi registrado a cerca de 86 quilômetros a noroeste da cidade de Iquique, cujas ruas vão ser patrulhadas pelo Exército. A Força recebeu ordens para vigiar a área, a fim de garantir a ordem pública e prevenir roubos na cidade, onde mais de 300 detentos fugiram da prisão.
O Instituto Geológico dos Estados Unidos, que monitora a atividade sísmica mundial, mudou de 8 para 8,2, durante a madrugada, a magnitude do tremor. De acordo com o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, foram registradas ondas de até 2,11 metros na costa do Chile, que sofreu pelo menos 20 tremores.
A presidenta do Chile, Michelle Bachelet, decretou estado de catástrofe natural no Norte do país, afetado pelo terremoto. "Decretei estado de catástrofe natural em Arica, Parinacota e Tarapacá", declarou a chefe de Estado, minutos antes de assinar o decreto presidencial.
Milhares de pessoas foram retiradas, após uma ordem de evacuação dirigida à orla costeira, decretada pouco depois do abalo que destruiu casas, provocou bloqueios em estradas, incêndios, apagões elétricos, bem como deslizamentos de terra.
Tsunami
Após alerta de tsunami, a Administração Oceânica e Atmosférica (Noaa) dos Estados Unidos cancelou o aviso emitido para o Chile e outros países da costa do Pacífico, apesar de manter um aviso para o Havai.
"Com base nos dados disponíveis, não se espera [a ocorrência de] um grande tsunami no estado do Havai. Contudo, o nível do mar muda e poderão ocorrer fortes correntes ao largo da costa,", indicou a Noaa em seu portal na internet.
Na sequência do forte abalo sísmico, foi emitido alerta de tsunami para o Chile, Peru e Equador, bem como um aviso para a Colômbia, o Panamá, a Costa Rica, Nicarágua e El Salvador.
O Chile é um dos países com maior atividade sísmica do mundo. Em fevereiro de 2010, o Centro e o Sul foram atingidos por um forte abalo de 8,8 graus, seguido de um tsunami que devastou dezenas de cidades, deixou mais de 500 mortos e prejuízos de US$ 30 bilhões.
*Com informações da Agência Lusa