Os moradores do Bairro Parque Morada do Sol, que ocupavam uma área no Bairro Leonardo Ilha, solicitaram há cerca de um mês uma audiência pública com a Comissão de Educação e Bem Estar Social (Cebes), que estava marcada para o final da tarde de ontem (1º). A audiência foi solicitada pela Assistente Social do movimento, Katia Soares Dalberti, cerca de um mês antes do grupo sair da área que ocupavam no Bairro Leonardo Ilha, quando temiam ter que conviver por um longo período com a ausência dos serviços de infraestrutura básicos. Porém, ao contrário do que imaginavam as obras devem ser finalizadas dentro de um mês. Além do andamento das obras o grupo pretendia apresentar como demanda aos vereadores a agilidade no processo de finalização das obras. Por falta de quórum, a audiência não aconteceu, apenas uma conversa entre os vereadores e o pouco público que compareceram.
Segundo Katia, os membros do movimento estavam preocupados com a falta de condições que enfrentariam no novo espaço. As obras de infraestrutura como instalação de rede elétrica, água e esgoto não estariam finalizadas até que o grupo ocupasse a área. Segunda ela, essa era uma das grandes preocupações do grupo antes da execução da reintegração de posse que os obrigou a sair na área no Leonardo Ilha e os motivou a solicitar a audiência com a Cebes. O grupo havia assinado um termo de compromisso, se comprometendo a sair da área e ser reassentados no Parque Morada do Sol, mesmo sem ter as obras de infraestrutura finalizadas. “Nós achávamos que o processo seria mais demorado, por isso solicitamos ainda naquele período essa audiência com a Cebes”. Porém, Katia comenta que o processo de instalação deve ser concluído dentro de um mês. “Não haveria mais necessidade de trazermos essa questão para a comissão, mas já agendamos e achamos interessante trazer para o conhecimento deles como está o andamento do processo e reforçar a necessidade de se ter agilidade na finalização das obras”.
Até o momento os moradores utilizam ligações irregulares para obterem água e luz nas suas residências. Outro problema é o custo para fazer essas ligações. “Muitos moradores reclamam desses gastos, mas eles são necessários para ter acesso, ao menos, a água para o consumo”. Katia diz que a RGE já instalou os postes no local, mas ela acredita que dentro de um mês o cabeamento seja colocado e a ligação nas residências seja finalizada, o processo de trabalho da Corsan também deve ser concluído nesse período.
Assentamento
De acordo com Kátia, 113 pessoas foram realocadas na área, mas 140 terrenos ainda estão vagos. Eles deverão ser disponibilizados para as mais de 7 mil famílias que aguardam na lista de espera da Secretaria de Habitação. Katia destaca que poucas famílias estão morando em barracos e a maioria já está morando em casas que foram desmanchadas da ocupação e reconstruídas no novo espaço. O movimento também trabalha com uma cooperativa para a construção de novas casas com valores acessíveis aos moradores.