Um dos debates que integram a programação do 9º Congresso Médico, realizado com o apoio da Universidade de Passo Fundo (UPF), abordou os avanços e desafios para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), que engloba, entre outros distúrbios, o autismo. A mesa redonda aconteceu na manhã desta quarta-feira (2) no Centro de Eventos da UPF e contou com a participação de profissionais da saúde, professores e acadêmicos. O debate foi liderado pela representante do Conselho Consultivo da AUMA, Rosangela de Souza Cruz, pela neuropediatra Maria Sônia Göergen, e pela psicopedagoga Lucia Helena De Bortoli.
O tema foi escolhido e integrado à programação do Congresso a pedido da professora Cristiane Barelli, da Faculdade de Medicina da UPF. Segundo ela, o objetivo foi marcar o Dia Mundial da Conscientização sobre Autismo e oferecer uma oportunidade de qualificação para os alunos extensionistas do projeto Saúde no Rádio. “O projeto contempla, entre outros temas, a questão do autismo. Vimos este espaço como uma excelente oportunidade para capacitar e qualificar os acadêmicos dos vários cursos que atuam no programa”, destacou, ressaltando a importância de se discutir a promoção da saúde e não apenas a doença.
Apresentar as abordagens de quem atua nos cuidados e no atendimento com os autistas foi uma das intenções da representante do Conselho Consultivo da AUMA, Rosangela de Souza Cruz. De acordo com ela, esse diálogo é fundamental para que os avanços alcançados se ampliem e os desafios no caminho sejam superados. “A Escola Municipal do Autista e a Associação conseguiram, nos últimos anos, melhorar significativamente a qualidade de vida dos atendidos, através do acesso a informação e a inclusão educacional. Mesmo assim, temos muitos desafios, principalmente na área da saúde, tais como, propiciar um atendimento multidisciplinar com dentistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogos capacitados para cuidar do autista”, avaliou.
Segundo a neuropediatra Maria Sonia Göergen, o TEA comporta um grupo de transtornos que passam desde neurodesenvolvimentais, não inibição neurosensorial, passando pelas linguagens específicas para então chegar ao espectro autista. Na opinião da especialista que atua na área há mais de 10 anos, a falta de compreensão desse processo acaba dificultando o tratamento.
Avanços e desafios do autismo em debate na UPF
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