O ataque mais severo de algumas pragas e a confirmação da existência de helicoverpa armigera na última safra de soja deixaram os produtores rurais apreensivos quanto a segurança das lavouras. Para proteger as plantas dos danos muitos optaram por usar maior quantidade de defensivos agrícolas. Conforme o engenheiro agrônomo da Emater Regional de Passo Fundo Cláudio Dóro no ano de 2013o aumento em relação a 2012 no uso de agrotóxicos nas lavouras do RS, devido ainda à ampliação da área de cultivo. Além da soja, na última safra de trigo houve maior uso de fungicidas.
No último ano, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) recebeu e encaminhou para o destino ambientalmente correto 3.753 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos no Rio Grande do Sul. A quantidade é 9% maior, se comparado ao mesmo período de 2012. Em Passo Fundo nos meses de janeiro e fevereiro de 2013 foram recebidas 128,1 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos. No mesmo período neste ano o volume subiu para 154,7 toneladas o que ajuda a demonstrar o aumento no uso de agrotóxicos.
De acordo com Dóro o uso indiscriminado de agrotóxicos além de prejudicar o aplicador que muitas vezes não está protegido adequadamente, deixa resíduos nos alimentos. Entre os resíduos estão nitratos, poluentes aéreos, ingredientes ativos de agrotóxico, antibióticos, hormônios e micotoxinas. “Existem outros agentes de intoxicação que temos que ter cuidado, por exemplo: produtos químicos industriais (óleos, solvente, éter), os domissanitários (sabão em pó, detergentes de limpeza) pesticidas agropecuários (carrapaticida, vermífugo, antibióticos, hormônios) e também os medicamentos”, acrescenta. Ele explica ainda que inseticidas caseiros podem causar intoxicações quando não são seguidas as instruções. “Nada é inócuo, tudo é veneno, depende da dose”, alerta.
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