O II Colóquio Filosófico realizado pelo curso de Filosofia da Universidade de Passo Fundo (UPF) teve como tema central das conferências os Métodos e didática no ensino de filosofia. A programação, que se estendeu entre os dias 09 e 10 de abril, contou com três conferências: a de abertura foi proferida pelo professor da UPF Gerson Luis Trombetta, que abordou a temática Filosofia nos olhos: experiências de ensino. No dia 10, aconteceu a conferência Desafios do ensino de filosofia: uma questão de método, com o professor da Unicamp Silvio Gallo. No encerramento, a conferencista foi a professora da UFSM Elisete Tomazetti.
A professora Elisete apresentou algumas reflexões a partir do trabalho desenvolvido por ela no curso de Filosofia da UFSM. Para ela, a Filosofia ainda está constituindo um espaço nas escolas, principalmente nas públicas. Embora não seja um trabalho fácil, ela acredita que o futuro deve ser promissor. A nova geração de professores que chega às escolas tem uma perspectiva diferenciada e também há boas práticas que já são desenvolvidas há algum tempo. “O tempo dirá e eu acredito na nova geração de professores trará uma outra proposta, perspectiva, mas há um desafio que está posto com relação a reestruturação do currículo do ensino médio no Brasil e especialmente no Rio Grande do Sul”, destaca.
De acordo com a pesquisadora, hoje as escolas vivem um momento de mudança para uma perspectiva mais interdisciplinar, com trabalhos realizados por área de conhecimento. “Nós que estamos constituindo o nosso espaço disciplinar já temos que pensar em termos área e trabalhar no conjunto”, alerta aos educadores de Filosofia. Para ela, o papel da nova geração é fortalecer a escola pública na perspectiva da qualidade e da permanência dos estudantes, especialmente no ensino médio. A conferência da professora Elisete teve mediação do professor Altair Fávero. Professores do curso e acadêmicos de vários níveis acompanharam as atividades.