Um levantamento realizado pelo Grupo Floss com as principais empresas compradoras de canola no Estado demonstrou que a área de cultivo da oleaginosa deve chegar a 50 mil hectares (ha) nesta safra. A área é cerca de 20% superior ao ano passado. O bom preço para a soja – cultura que baliza o preço da canola – é um dos fatores de otimismo para o setor. De acordo com dados da Conab, a produtividade também deve crescer em 23%.
No Brasil, a produção do grão deve chegar aos 70 mil hectares nesta safra. Além do preço, os benefícios de utilização da canola como rotação de cultura também são importantes para a propriedade tendo em vista que ela não tem as mesmas doenças das aveias e do trigo. Com isso, são menores os riscos de desenvolvimento de fungos, conforme explica o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Canola (Abrascanola), Luiz Gustavo Floss. Com esse freio nas pragas, crescem as possibilidades de aumentar a produtividade do trigo no ano seguinte.
Pensando nesses benefícios, o produtor Márcio De Carli vai investir no grão. É a primeira vez que ele planta canola. Destinou 20 hectares da propriedade que fica em Vila Maria, no norte do Estado. “Acompanho a cultura há uns cinco anos, sei que é rentável, e nesta safra decidi que era hora de apostar,” conta.
Atenção no cultivo
Floss explica que no momento do plantio é preciso estar atento a profundidade e velocidade de semeadura. Também é aconselhado tapar os buracos da caixa da máquina para que as sementes não se percam e adubar o solo conforme orientação para a cultura para garantir os melhores resultados.
Mercado
Hoje, o principal destino da canola é a alimentação humana. Os grãos produzidos no Brasil, segundo a Embrapa, possuem de 24% a 27% de proteína e, em média, 3,8% de óleo que pode ser usado tanto para o consumo quanto para a produção de biodiesel. Também é utilizada para farelo como excelente suplemento proteico na formulação de rações para bovinos, suínos, ovinos e aves.