A área de Mauricio Dal Agnol, ocupada por integrantes do MST e do MAB, começaram a ser cultivadas na tarde de sexta-feira. Culturas de inverno como cebola, alho, hortaliças e ervilha foram as definidas para iniciar o processo de produção. Todas elas serão desenvolvidas respeitando os princípios da produção agroecológica, ou seja, sem a utilização de agrotóxicos. Para iniciar os trabalhos, um dos líderes do acampamento, José Machado, afirmou aos demais integrantes do acampamento que a produção será desenvolvida por todo o conjunto do grupo, quando cada um irá contribuir não apenas com a sua força de trabalho, mas com os conhecimentos e experiências que carregam consigo. A intenção é dar continuidade a esta dinâmica de trabalho quando a área se tornar assentamento.
De acordo com ele, a produção será direcionada para o consumo dos acampados, mas também será direcionada, através de doações, para as ocupações urbanas do município. Outras parcerias também devem ser firmadas ao longo do ano e a partir disso, a produção deverá ser direcionada ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e ao Plano Nacional de Educação (PNE). A produção, segundo ele, também será comercializada para a população do município, abastecendo um mercado deficitário da cidade, já que o mercado de produtos orgânicos é escasso no município. Maneiras alternativas para viabilizar a produção serão buscadas como, por exemplo, a construção de cisternas para o armazenamento da água da chuva que serão utilizadas para desenvolver sistemas de irrigação. As culturas de verão já estão no planejamento da produção anual e deverão ter a mesma destinação.