A expectativa de que o advogado Maurício Dal Agnol se apresentasse no fórum de Passo Fundo se confirmou. Ele está no local para participar de uma audiência referente a um dos processos em que é acusado de apropriação indébita. O processo corre em segredo de Justiça.
Por decisão da 6ª Câmara Criminal do tribunal de Justiça do Estado, Dal Agnol teria até o dia 30 de junho para se apresentar à Justiça de Passo Fundo. O TJRS também fixou fiança no valor de R$ 1,6 milhão, recolhimento domiciliar entre 21h até 6h do dia seguinte, entrega do passaporte e comparecimento na 3ª Vara Criminal da Justiça de Passo Fundo todas as segundas e sextas-feiras.
Entenda o caso
Em fevereiro, Polícia Federal e Ministério Público desencadearam a operação Carmelina, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa, suspeita de ter lesado cerca de 30 mil clientes que ingressaram com ações contra a extinta CRT, e causado um prejuízo avaliado em R$ 100 milhões. Segundo acusação, a banca de advogado recebia o pagamento das ações, mas repassava parcialmente ou nenhum valor aos clientes. As investigações, iniciadas em 2012, apontaram o advogado e empresário Maurício Dal Agnol, como líder do esquema. Além dele, foram acusados a esposa, outro advogado, de Bento Gonçalves e uma contadora. Dal Agnol teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, acusado de apropriação indébita e formação de quadrilha, revogada. Os demais acusados pagaram a fiança, entregaram seus passaportes e estão cumprindo a medida cautelar de se apresentar todas as segundas e sextas-feiras para a Justiça. A esposa do advogado Maurício Dal Agnol, Marcia Fátima da Silva Dal Agnol, que se apresentou no dia 15 de maio, no fórum de Passo Fundo está se apresentando todas as segundas e sextas à Justiça de Curitiba, no Paraná.
Boe
Adair Zanotelli, tenente-coronel comandante do 3ºBOE, esclareceu que o fato da Polícia Militar comparecer ao local foi um dever constitucional de garantir a segurança de toda a comunidade, bem como controlar o trânsito, que costuma ser muito movimentado no final da tarde nas imediações do centro da cidade. “É nosso dever garantir o bem-estar e a segurança de todos. Comparecemos no local para evitar qualquer acidente ou conflito para que a população que quiser fazer a sua manifestação, que lhe é de direito, tenha sua segurança garantida. Não podemos permitir qualquer situação que se configure em ameaça. Não estamos defendendo ninguém, e sim cumprindo nosso dever constitucional”, salientou.
Atualizada às 17h55